PolÃcia apreende R$ 60 mil e até fuzil com assassinos de prefeito
       O delegado Caio Ãlvares Albuquerque, da Derf, revela que investigação aponta que motivação do crime seria dÃvida
Gcom/José Medeiros
ASSESSORIA/PJC-MT
        Os três suspeitos presos pelo assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, 61 anos, foram autuados em flagrante nos crimes de homicÃdio qualificado, por motivo fútil, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vÃtima. Eles também vão responder por tentativa de homicÃdio qualificado contra o secretário do municÃpio, Admilson Ferreira dos Santos, 41 anos.
       Os criminosos, Zenilton Xavier de Almeida, Antônio Pereira Rodrigues Neto e Welisson Brito Silva, foram presos em uma estrada entre os municÃpios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da capital), respectivamente. Eles fugiam em um veÃculo Fiat Uno cinza, quando foram abordados, cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Regional da PolÃcia Civil de JuÃna, que desde o crime, no começo da noite de sexta-feira (15), auxilia as investigações.
Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie. O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.
Segundo o delegado, Caio Ãlvares Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, que foi para região junto com três investigadores, para reforçar as investigações, o dinheiro encontrado no carro pertence ao suspeito Antônio Pereira Rodrigues Neto, que é empresário em Colniza do ramo de rede de combustÃvel e táxi aéreo. “Dois deles confessam e Antônio permaneceu em silêncio, disse.
Duas das armas do crime, um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontradas pela PolÃcia Militar, dentro de uma bolsa deixada no mato. As armas estavam a cerca de 15 km de Colniza, localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa. Uma pistola, segundo as informações levantadas, teria sido jogada dentro de um rio. O Corpo de Bombeiros foi acionado para efetuar buscas a fim de localizá-las.
As armas passarão por perÃcia na Politec e o veÃculo dos criminosos foi periciado no sábado (16).
Após os procedimentos do auto de prisão em flagrante, os suspeitos foram encaminhados à Cadeia Pública de Colniza. “Continuamos as investigações para esclarecer a motivação, principalmente, o rol de mandantes. Sobre a motivação, tudo indica que seria dÃvida. É uma linha de investigação. Vamos continuar os trabalhos hoje para ver que se apura a mais”, disse.
O suspeito Antônio Pereira Rodrigues Neto é morador de Colniza e arregimentou os dois comparsas oriundos do Pará para o crime. Antonio é apontado como o mandante e também participou da execução do prefeito.
O crime
O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veÃculo SUV, preto, a cerca de sete quilômetros da entrada da cidade. O veÃculo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perÃmetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40, de sexta-feira (15).
Acompanhamento
Nas primeiras horas de sábado (16), duas aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) foram deslocadas ao municÃpio. Um avião seguiu com equipe da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá e Inteligência, composta por um delegado e três investigadores, para auxiliar as PolÃcias local nas investigações. Outra aeronave levou o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia Franciso, o comandante geral da PolÃcia Militar, coronel PM Marcos Cunha e o delegado geral da PolÃcia Judiciária Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, que acompanham os trabalhos.
O secretário Gustavo Garcia destacou o empenho de todas as instituições da Segurança Pública e atuação célere na elucidação do crime. “O esclarecimento do fato teve um sucesso muito rápido, outros demandam mais tempo. Parabenizo os policiais que se dedicaram que estão horas sem dormir, trabalhando diuturnamente e comemoro o fortalecimento do sistema de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso”, declarou.
“O sucesso dessa operação e de outras se deve a aproximação e integração das forças”, disse delegado geral da PolÃcia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi.
O comandante da PolÃcia Militar, coronel PM Marcos Cunha, também ressaltou a eficiência do sistema de segurança. “A rapidez na resolução de todo o caso, praticamente durante 10 horas já demos uma resposta a toda a sociedade. Parabenizo todos policiais militares e policiais civis”.