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VÃtima de ataque a mesquitas nesta sexta-feira (15), em Christchurch, na Nova Zelândia — Foto: Mark Baker/AP        Quatro suspeitos foram detidos após os ataques contra as mesquitas de Christchurch. Outras 48 foram feridas, sendo que 12 delas estão em estado grave.
Ferido é socorrido após ataque em mesquita no centro de Christchurch, na Nova Zelândia, nesta sexta-feira (15) — Foto: Mark Baker/ AP
Ataques a duas mesquitas deixa 49 mortos em Christchurch, na Nova Zelândia
GloboNews em Ponto
Ataques a duas mesquitas deixa 49 mortos em Christchurch, na Nova Zelândia
   Ataques a tiros simultâneos contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, na ilha sul da Nova Zelândia, deixaram 49 mortos e 48 feridos nesta sexta-feira (15). As autoridades ainda não divulgaram as identidades das vÃtimas e dos assassinos.
ResumoÂ
- Ataques a duas mesquitas na Nova Zelândia deixaram 49 mortos
- 48 pessoas ficaram feridas, sendo 12 em estado grave
- 4 pessoas foram presas
- A polÃcia não informou a identidade dos suspeitos e das vÃtimas
- Numa das mesquitas, um homem armado com rifle automáticodisparou contra a multidão
- Usando uma câmera no capacete, o assassino filmou e transmitiu ao vivo o massacre
- O Facebook eliminou as contas do criminoso e trabalha para remover cópias do vÃdeo
- Na rede, o homem se identificou como um australiano de 28 anos, defensor da extrema-direita e contrário à imigração
   Os alvos dos ataques foram as mesquitas de Masjid Al Noor, ao lado do Parque Hagley, e de Linwood, que estava lotada com mais de 300 pessoas, reunidas para as tradicionais orações do meio-dia de sexta-feira.
  Os detidos são três homens (um deles seria australiano) e uma mulher. A polÃcia local informou, porém, que não está descartada a hipótese de que outros criminosos estejam envolvidos e foragidos. Nenhum dos suspeitos sob custódia estava em listas de observação da polÃcia.
 Dos 49 mortos, 48 morreram no local e apenas um chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu. Entre os feridos, há crianças e adultos. O governo informou que 12 dos feridos estão em estado grave e precisaram passar por cirurgias. O governo da Malásia afirmou que dois dos feridos são malaios.
‘Um dos dias mais sangrentos da história’Â
FamÃlia muçulmana após tiroteio na mesquita Al Noor, em Christchurch — Foto: SNPA / Martin Hunter / Reuters
    A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, definiu o ataque como “um ato de violência sem precedentes na Nova Zelândia” e que esse é“um dos dias mais sombrios e sangrentos da história do paÃs”. “Esse tipo de violência não tem lugar na Nova Zelândia”.
    A dinâmica dos atiradores ainda não está clara. Porém, o primeiro relato de ataque foi na mesquita de Al Noor, na região central da cidade. Um homem com um rifle automático invadiu o prédio 10 minutos após o inÃcio das orações, que começaram à s 13h30 desta sexta-feira (por volta das 22h30 no horário de BrasÃlia). Quarenta e uma pessoas morreram no local.
     Com uma câmera instalada em um capacete, o criminoso conseguiu transmitir o massacre, ao vivo, pelo Facebook. O vÃdeo mostra que ele atirou indiscriminadamente contra homens, mulheres e crianças enquanto caminhava.
     Ahmad Al-Mahmoud, de 37 anos, que rezava quando os disparos começaram, disse ao site Stuff que ele e outros fiéis quebraram vidros de janelas da mesquita para conseguirem escapar.
     Segundo testemunhas, o atirador usava capacete, óculos e um casaco em estilo militar. Ele foi descrito como branco, loiro, magro e de baixa estatura.
     As contas do atirador no Facebook e no Instagram foram removidas. O Facebook afirmou que estava trabalhando para remover as cópias do vÃdeo.
    Christchurch é a capital da região de Canterbury, na ilha sul da Nova Zelândia. É a 3ª maior cidade do paÃs, com mais de 370 mil habitantes.
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Manifesto de extrema direita
De acordo com o jornal “The Guardian”, Brenton Tarrant, que se identificava como suspeito de um dos ataques, deixou um manifesto em que se identificava como um australiano de 28 anos, defensor da ideologia de extrema-direita e anti-imigração. O documento de 74 páginas falava em genocÃdio promovido por brancos e uma lista com vários objetivos, incluindo a criação de “uma atmosfera de medo†contra os muçulmanos.
A polÃcia neozelandesa não confirma que esse homem está entre os detidos.Â
Ataques em mesquitas na Nova Zelândia — Foto: Juliane Souza/G1
Após os ataquesÂ
Homem chora ao falar no telefone depois de ataque a mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia — Foto: Mark Baker/AP
O comissário da Nova Zelândia, Mike Bush, disse que dispositivos explosivos improvisados foram encontrados em um carro, próximo a uma das mesquitas.
Depois dos ataques, os policiais também esvaziaram a Cathedral Square, onde um grupo de estudantes realizava uma manifestação pedindo ações contra o aquecimento global.
As pessoas que moram e trabalham na região foram orientadas a permanecer dentro dos prédios e não circular pelas ruas.
Todas as escolas de Christchurch foram fechadas, e os pais de cerca de 750 alunos, entre crianças e adolescentes, receberam mensagens avisando que seus filhos estavam em segurança.
Várias estradas da cidade foram fechadas e seguem em monitoramento. A polÃcia orientou para que todas as mesquitas do paÃs fechassem suas portas até novo aviso.Â
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VÃtima de ataque a mesquitas nesta sexta-feira (15), em Christchurch, na Nova Zelândia — Foto: Mark Baker/APÂ
Ambulâncias em Christchurch — Foto: Rádio Nova Zelândia / AFP Photo
Policial escolta fiéis que deixaram uma mesquita no centro de Christchurch — Foto: Mark Baker / AP Photo
Imagem mostra uma arma em veÃculo do atirador — Foto: AP Photo