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SES-MT
No Estado existem dois grupos de apoio voltados para ajudar os pacientes em tratamento, um em Várzea Grande e outro em Alta Floresta
      A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) inicia 2019 com a campanha Janeiro Roxo para conscientizar a população quanto a hansenÃase, aproveitando o Dia Nacional de Combate e Prevenção da HansenÃase, lembrado no último domingo do mês de janeiro (27.01). Esta doença tem cura, mas se não for diagnosticada e tratada em tempo pode provocar sequelas irreversÃveis.
      Esse ano a SES aborda o tema do “Autocuidadoâ€, visando auxiliar a população para conhecer seu próprio corpo e detectar as mudanças que podem acontecer devido à doença. “As técnicas do autocuidado são simples, como inspecionar e hidratar bem a pele devido o ressecamento que a doença causa, mas para que intercorrências não ocorram é importante que o paciente faça o tratamento corretamenteâ€, explicou o coordenador estadual do Programa de Controle da HansenÃase, CÃcero Fraga Melo.
     No Estado existem dois grupos de apoio voltados para ajudar os pacientes em tratamento, um em Várzea Grande e outro em Alta Floresta. “Em Alta Floresta são realizadas reuniões periódicas com atividades laborais, palestras com psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas com vários temasâ€, explicou o Fisioterapeuta André Luiz Brito, criador do 1º grupo de autoajuda.
      O Brasil é o segundo paÃs com mais casos de hansenÃase, atrás apenas da Ãndia. Por ano, são registrados perto de 30 mil casos da doença. Para combater a enfermidade, Mato Grosso lançou no final de janeiro do ano passado o Plano Estadual de Enfrentamento da HansenÃase.
  Mato Grosso há alguns anos apresenta nÃvel considerado hiperendêmico para casos de hansenÃase e ocupa a primeira posição com as maiores taxas de predominância e incidência da doença no paÃs. Em 2017 a taxa de detecção foi de 105,2/100.000 habitantes com registro de 3.477 casos novos. Na população menor de 15 anos, foram registrados 184 casos novos, com taxa de detecção de 22,5/100.000 habitantes. Neste mesmo ano, 5.478 pessoas estavam se tratando da doença, representando uma prevalência de 16,6/10.000 habitantes.
      De 2017 para 2018, foram registrados 4.201 casos novos da doença, com taxa de detecção de 125,6/100.000 habitantes. Na população menor de 15 anos foram notificados 168 casos novos, com prevalência de 20,6/100.000 habitantes. Encontram-se em registro ativo 5.942 pessoas em tratamento para a hansenÃase, o que representa uma prevalência de 17,8/10.000 habitantes.
     Por se tratar de uma doença silenciosa e incapacitante, o diagnóstico precoce, o tratamento e a prevenção são ações prioritárias para bloquear a transmissão e reduzir as deformidades decorrentes da evolução da doença, como também, desconstruir o preconceito que causa discriminação, danos psÃquicos, morais e sociais aos doentes e seus familiares.