quinta-feira, 28/03/2024
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CHIKUNGUNYA: Combater o mosquito é o melhor remédio

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LABORATÓRIO S JOSÉ

Josi Pettengill/Secom-MT
Lixo é responsável por 32,7% dos focos de mosquito no Centro Oeste
CAROLINE LANHI
Redação/Secom-MT

                  O perigo aumentou e a responsabilidade também, alerta o Ministério da Saúde sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti. O inseto que antes preocupava por ser um vetor da dengue agora pode transmitir também a febre Chikungunya, que tem sintomas parecidos com a dengue, mas com dores ainda mais fortes nas articulações, que podem evoluir para uma condição crônica de reumatismo. O melhor remédio é eliminar os criadouros do mosquito.

                    De acordo com a vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES) até o momento não há registro de pacientes infectados pela Chikungunya em Mato Grosso. Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que monitoram e capturam fêmeas do Aedes aegypti para pesquisa também não identificaram mosquitos com o vírus do gênero Alphavirus, causador da febre Chikungunya. “Mas é uma questão de tempo”, avalia a coordenadora da Comissão de Dengue da UFMT, professora Rosina Djunko.

                   Amapá e Bahia são os estados que registraram maior número de pessoas diagnosticadas febre Chikungunya; Minas Gerais e Mato Grosso Sul também possuem registros da doença. Por isso, há 2 meses a secretaria de Estado de Saúde se prepara para a futura circulação do vírus em Mato Grosso com reuniões semanais do grupo interinstitucional de profissionais da saúde formado para ações contra a proliferação do mosquito e o controle do novo vírus.

                            Segundo o coordenador de Vigilância Epidemiológica, Sandro Luiz Netto, um médico da rede pública esteve em Brasília para receber treinamento e já atua no estado capacitando os demais profissionais na identificação e tratamento da Chikungunya. Além disso, a equipe elaborou o plano de contingência que compreende o bloqueio de caso – eliminação do mosquito com o uso de veneno no local onde mora o paciente diagnosticado – e organização do MT Laboratório para o envio dos materiais ao laboratório referência, que fica em Belém.

                    Sem vacina, a ação mais importante é a eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, ou seja, qualquer local que acumule água, limpa ou suja. O coordenador pede atenção dos municípios para que todos sigam as orientações emitidas SES e do ministério.

                  Apesar da redução de casos de dengue em Mato Grosso, que foi de 76,31 % se comparado ao mesmo período do ano de 2013 (janeiro a outubro), as ações contra a proliferação do mosquito devem continuar, pois o vírus que causa a Chikungunya nunca circulou no Brasil, ou seja, ninguém está imune.

Sobre a Chikungunya – Além da febre acima de 39 graus, de início repentino, uma das principais características da Chikungunya são as intensas dores nas articulações,

Josi Pettengill/Secom-MT
No Centro Oeste, 30,6% dos focos do mosquito estão em casa, como em vasos de planta
No Centro Oeste, 30,6% dos focos do mosquito estão em casa, como em vasos de planta

 principalmente pés e mãos, daí o significado do nome: “aqueles que se dobram” em swahili, idioma da Tanzânia, um dos países que registrou as primeiras epidemias.

Segundo Sandro Netto, mesmo após cura as dores podem permanecer por até 12 meses, ainda com o risco do paciente desenvolver uma condição crônica de reumatismo.

Como ainda não existem casos registrados em Mato Grosso e alguns sintomas são semelhantes outras viroses, serão considerados casos suspeitos quem apresentar esses sintomas e ter histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula, explica Sandro Luiz. Valem as mesmas indicações para quem já passou pela dengue: muita hidratação e nada de ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios.

Outro agravante do novo vírus, explica o coordenador da vigilância epidemiológica da SES, é o período em que ele circula no sangue (viremia), que chega a 9 dias – no caso da dengue esse período é de três dias. “Com a pessoa infectada por mais tempo, maior é o número de mosquitos que poderão ser infectados com o vírus também. Mais uma vez a importância de eliminar os criadouros”, ressalta Netto.

Foto: Josi Pettengill/Secom-MT

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