O instituto realizou o atendimento à propriedade após a notificação, onde não foi detectado mais nenhum animal doente
Gcom-MT
       O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) está acompanhando uma propriedade em ColÃder, após detecção de caso de raiva em bovinos. O foco foi notificado no dia 13 de outubro ao instituto, após resultado positivo do material coletado para exame de um bovino. O exame foi realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Um animal morreu e outros dois, com resultado positivo para a doença, foram sacrificados.
O instituto realizou o atendimento à propriedade após a notificação, onde não foi detectado mais nenhum animal doente. O proprietário foi notificado a vacinar todo o rebanho bovino contra raiva. A Vigilância Sanitária do municÃpio também foi informada para acompanhar as pessoas que vivem e trabalham na propriedade e realizar a vacinação dos animais domésticos (cães e gatos).
Em torno de 170 propriedades localizadas num raio de 12 quilômetros do local onde houve o caso de raiva receberam a visita de técnicos do Indea e não identificados novos focos de raiva na região. Os proprietários foram notificados a vacinar o rebanho bovino contra a raiva. Todas as propriedades já realizaram a primeira dose da vacina e outras estão administrando a segunda dose.
“Ao todo, no ano de 2016, já foram notificados 31 focos de raiva em Mato Grosso. No ano de 2015 foram registrados 42 focosâ€. Ocorre em várias regiões de Mato Grosso, causando prejuÃzos para a pecuáriaâ€, explicou a diretora técnica do Indea, Daniela Soares.
Raiva herbÃvora
A doença atinge todos os mamÃferos e animais silvestres. O principal transmissor da raiva é o morcego hematófago, que transmite o vÃrus pela saliva ao alimentar-se do sangue dos animais.
Para identificar a ação dos morcegos é preciso estar atento aos sinais de sugaduras nos animais. Os morcegos costumam agir mais de uma vez no mesmo animal e local onde atacaram.
O fiscal do Indea, Ernani Machado, explica que o bovino não transmite a doença para o homem. “O boi não morde. Ele desenvolve a doença e morre. No entanto, o contato da saliva do animal, seja cão ou gato ou mesmo do boi, com a pele ferida de uma pessoa contamina. Por isso é necessário todo cuidado e qualquer manipulação de medicamentos, inclusive, deve ser feito com luvas. Uma mordida do cão com a doença também afeta o homem e não tem cura, leva a óbitoâ€.
O vÃrus da raiva herbÃvora não afeta todas as espécies de morcegos, somente a dos hematófagos. Eles só procriam uma vez ao ano, portanto, não se disseminam com tanta rapidez, o que torna possÃvel o controle da doença.
Orientações
O animal contaminado apresenta sintomas como apatia, isolamento do restante do rebanho, agressividade, andar cambaleante, dificuldade para engolir lÃquidos, paralisia dos membros, e outros.
O controle da raiva dos herbÃvoros se dá com a vacinação preventiva do rebanho. O Indea realiza o controle populacional do morcego hematófago, com a captura dos morcegos nas propriedades.
O Indea alerta para que os produtores comuniquem a vacinação do rebanho bovino contra raiva, nos escritórios do Instituto, e em casos de suspeita, recomenda-se isolar o animal do restante do rebanho, nunca manipular o animal, comunicar a suspeita ao serviço sanitário oficial e procurar a Secretaria Municipal de Saúde.
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