imagem reprodução web
Nova Iorque, 3 de setembro de 2015
                  “Imagens de cortar o coração de corpos de crianças boiando nas margens das praias europeias; crianças deitadas sufocadas na carroceria dos caminhões que atravessam as fronteiras; crianças sendo passadas sobre cercas de arame farpado por pais desesperados.
             À medida que a crise de migrantes e refugiados na Europa se aprofunda, essas não serão as últimas imagens chocantes a ricochetear por todo o mundo nas redes sociais, em nossas telas de TV e nas páginas dos nossos jornais. Mas não basta que o mundo fique chocado com essas imagens. O choque deve vir combinado com ação.
A situação dessas crianças não é nem escolha delas, nem está sob seu controle. Elas precisam de proteção. Elas têm direito à proteção. Pedimos que sejam tomadas, com urgência, as seguintes medidas:
- Proteger essas crianças, oferecendo continuamente serviços essenciais – incluindo cuidados de saúde, alimentação, apoio emocional e educação – e abrigo adequado para os migrantes e refugiados a fim de manter as famÃlias unidas.
- Preparar um número suficiente de especialistas em bem-estar infantil capacitados para apoiar as crianças e suas famÃlias.
- Continuar as operações de busca e salvamento – não só no mar, mas também em terra, uma vez que as famÃlias estão se deslocando de paÃs para paÃs – e fazer todos os esforços para prevenir o abuso e a exploração das crianças migrantes e refugiadas.
- Colocar os melhores interesses das crianças em primeiro lugar em todas as decisões tomadas em relação a esses meninos e meninas – incluindo casos de asilo.
           Nosso coração está hoje com as famÃlias que perderam suas crianças – no mar, na praia e ao longo das estradas da Europa. À medida que os debates diplomáticos avançam, nunca devemos perder de vista a natureza profundamente humana desta crise.
Nem as crianças.
            Nem sua extensão. Pelo menos um quarto daqueles que procuram refúgio na Europa são crianças – nos primeiros seis meses deste ano, mais de 106 mil crianças pediram asilo à Europa.
          E nunca deverÃamos esquecer o que está por trás de muitas das histórias das famÃlias que buscam refúgio na Europa: terrÃveis conflitos como o da SÃria, que já forçou cerca de 2 milhões de crianças a fugir de seu paÃs. Apenas o fim desses conflitos pode pôr um fim à miséria de tantos.”
            Sobre o UNICEF – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Com seus parceiros, trabalha em 190 paÃses e territórios para transformar esse compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente seus esforços para chegar à s crianças mais vulneráveis e excluÃdas.