Dá pra acreditar que o jovem que faz esses trabalhos acima nunca estudou desenho? (veja outros abaixo)
Italo Oliveira da Silva tem 20 anos, mora em Luziânia, Goiás e conta que a paixão pelos traços é antiga: acompanha o artista desde criança.
“Quando eu tinha 9 anos comecei a fazer uns desenhos daqueles bem infantis e mostrei pra minha mãe. Disse pra ela que gostaria de saber desenhar. Ela me falou pra treinar que conseguiria e que era só me dedicar. Dias depois eu mostrei outros desenhos e ela ficou admirada do quanto eu tinha evoluÃdo em tão pouco tempoâ€, contou Ãtalo ao SóNotÃciaBoa.A admiração da mãe serviu de incentivo para o menino. “Eu fiquei muito empolgado e viciado em desenhar, fui melhorando cada vez maisâ€, lembra.
Autoditada e sem dinheiro para pagar cursos, Ãtalo foi aos poucos descobrindo o que realmente gostaria de desenhar.
“Quando eu comecei só desenhava carros e logo aprendi a desenhar pessoas e animes. Até então não tinha tido nenhum tipo de orientação profissionalâ€.
Hoje ele amplia desenhos para qualquer tamanho, inclusive em paredes e quer aprender técnicas para criar suas próprias imagens.
Modesto
Ãtalo diz que não tem mistério no trabalho. Ele usa apenas lápis preto e uma folha em branco para fazer suas obras. “Na maioria das vezes uso lapiseira 0.5â€, conta. Cada desenho leva de 3 horas a 1 dia para ficar pronto.
TÃmido e sem contatos na área, ele ainda não apresentou os desenhos ao mercado de trabalho.
Desempregado e vivendo com os pais, Ãtalo sonha em viver da sua arte.
“Eu quero trabalhar com qualquer coisa que envolva desenhar, de tatuar até pintar telas. Só quero viver do que amoâ€, conta.
História
Apaixonado pela arte, o menino só queria saber de desenhar e começou a tirar notas baixas nas outras matérias escolares.
Até que uma professora percebeu o dom do pequeno aluno.
“Uma professora observou o meu talento em uma das aulas de educação artÃstica e chamou a minha mãe. Ela falou de um programa que tinha na escola para alunos com esse dom. Então eu comecei nesse projeto e aprendi algumas técnicas, mas tive que parar porque precisei mudar de escolaâ€, lembra Ãtalo.
Sonho abandonado
“Depois deste curso não tive nenhuma outra oportunidade de me aperfeiçoar. Não tenho condições financeiras e nem minha mãe tem como me ajudar financeiramenteâ€, lamenta.
“Há pouco tempo eu comprei um curso on-line pra aprender técnicas de realismo, mas não tenho como comprar os materiais pra execução das técnicas e mais uma vez estou deixando o meu sonho de ladoâ€.
O jovem por enquanto não enxerga caminhos para expandir seus conhecimentos na área aqui no Brasil.
“No momento eu não vejo nenhuma área na faculdade que eu queira entrar. Se caso eu fosse fazer, eu escolheria arquiteturaâ€.
Orientação
Para quem gosta de desenhar como o Ãtalo, o publicitário César Colho orienta:
“Plataformas que disponibilizam conteúdos acessÃveis, como o Udemy por exemplo, são repletos de cursos de qualidade. Aplicativos como o Instagram e o ArtStation também são um mar de referências para todo artista que visa o mercado de artes visuaisâ€.
Veja outros desenhos do Ãtalo: