sexta-feira, 29/03/2024
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Governo de Mato Grosso aguarda chegada da Força Nacional

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 Antonio Cruz/Agência Brasil

Equipes da Força Nacional, que ajudarão no combate ao incêndio na Amazônia, embarcam na Base Aérea de Brasília

Agentes ajudarão no combate aos incêndios no Pantanal

Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Agentes da Força Nacional de Segurança Pública vão se somar aos bombeiros, brigadistas e voluntários que há meses lutam contra o fogo que já destruiu mais de 1,7 milhão de hectares do Pantanal, além de áreas em outros biomas presentes no estado. Segundo o governo estadual, o envio de 43 agentes da força especial para auxiliar no combate às chamas em todo o estado foi autorizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, à qual a tropa federativa está subordinada.

Consultado, o Ministério de Justiça e Segurança Pública não confirmou o envio de agentes da Força Nacional, mas garantiu que fornecerá apoio ao estado, conforme o ministro André Mendonça prometeu aos governadores do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no final de semana.

Criada em 2004, inicialmente para apoiar o policiamento ostensivo em unidades da federação que solicitem auxílio, a Força Nacional é composta por policiais militares e civis, bombeiros e peritos cedidos pelas forças de segurança dos estados e do Distrito Federal.

O governo estadual formalizou o pedido de ajuda federal na manhã de ontem (21). O governador Mauro Mendes sustenta que o estado enfrenta “uma das piores ondas de incêndios dos últimos anos”, e que as chamas já atingiram cerca de 20% do bioma em território mato-grossense, ou 1,7 milhão de hectares. Cada hectare corresponde às medidas aproximadas de um campo de futebol oficial.

O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, informou que os agentes da Força Nacional não atuarão apenas na região do Pantanal, mas também em áreas de Cerrado e da Amazônia, onde também há registro de focos de incêndio.

“Esses profissionais vão atuar onde houver necessidade, sob coordenação do Ciman”, disse o secretário, referindo-se ao Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), instalado em 20 de julho para fortalecer o monitoramento, a prevenção, preparação e as ações de combate às queimadas e aos incêndios florestais.

Além de bombeiros e membros de órgãos do governo mato-grossense, o Ciman reúne representantes dos institutos Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio); das Forças Armadas e os servidores de outros estados que apoiam o combate às chamas em Mato Grosso.

“Assim que os integrantes da Força Nacional chegarem, eles serão inseridos no sistema gerencial que utilizamos aqui em Mato Grosso e, a partir disso, poderemos designar em quais demandas estes profissionais podem atuar”, disse o coordenador do comitê, o tenente-coronel dos Bombeiros, Dércio Santos da Silva.

Chuva

No domingo (20), a chuva que atingiu algumas regiões de Mato Grosso contribuiu para o trabalho dos brigadistas, bombeiros e voluntários. Segundo o Ciman, a precipitação reduziu à metade o número de focos de incêndio registrados na véspera.

A estiagem no estado já durava quatro meses. A vegetação seca, a baixa umidade e as temperaturas elevadas contribuem para que o fogo se espalhe rapidamente, dificultando a ação de combate e controle das chamas. O descontrole dos incêndios florestais motivou o governo estadual a, no último sábado (19), decretar estado de calamidade. Na ocasião, o governador Mauro Mendes afirmou que quem incorrer em crimes ambientais será identificado e responsabilizado.

A Polícia Judiciária Civil instaurou inquéritos para apurar as causas dos incêndios. Peritos da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) já atestaram que alguns dos focos que se espalharam pelo Pantanal mato-grossense começaram de forma criminosa. Até o momento, no entanto, as autoridades locais não apontaram suspeitos.

De acordo com a Polícia Judiciária Civil, quem é responsabilizado em casos como esses pode ser condenado a penas de reclusão de dois a quatro anos, além de ter que pagar multas cujos valores podem variar entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil por hectare de vegetação afetada.

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