Urias de Campos (dir) – Foto: reprodução / TribunaDeJundiaÃ
      Morador de JundiaÃ, em São Paulo, ele colou grau este mês no Clube São João e foi aplaudido de pé pelos colegas ao receber o diploma do curso de jornalismo pela UNIFACCAMP – Centro Universitário Campo Limpo Paulista.
     “Com a colação de grau me sinto realizado. Agradeço a Deus, meus amigos de sala e ao corpo docente da faculdade, além do pessoal do estúdioâ€, disse orgulhoso à Tribuna de JundiaÃ.
Os estudos
      Urias diz que sempre sonhou em trabalhar com a comunicação, mas que não teve condições financeiras para investir nos estudos quando mais jovem.
      “Para entrar no ginásio tinha que fazer uma espécie de admissão e eram poucas vagas no colegial. Pensar em faculdade? Estudar fora? Jamais, naquela época pobre não tinha esse direitoâ€, lembra.
     Urias entrou na universidade com apoio dos amigos e familiares. “Não foi fácil chegar até aqui devido ao meu trabalho. Fiz vários vestibulares, mas na hora de começar, não podia por causa do horárioâ€, diz.
Mas, em 2015 ele conseguiu conciliar seus horários.
     Ele conta que se assustou ao encontrar cerca de 100 alunos em sala de aula e pensou em desistir.
     “Eu sentava no fundo e tinha dificuldade para enxergar e ouvir os professores. Mas, aos poucos consegui me adaptar e comecei a sentar mais próximo da lousaâ€.
O sonho
     O sonho de Urias começou na infância, ouvindo programas de grandes comunicadores do rádio como Vicente Leporace, Henrique Lobo, Walter Silva, Pedro Luiz Paoliello, Fiori Gigliotti, Edson Leite, Geraldo José de Almeida e Jorge Curi.
     “Eu também gostava da Hebe Camargo que começou na rádio antes de ir para a televisãoâ€, completa.
       Além desses Ãcones, Urias diz que na opinião dele, José Blota Júnior foi o melhor apresentador de todos os tempos.
       “Vocês devem estar se perguntando: ‘E, o Silvio Santos?’ Bom, ele é um animador e não apresentadorâ€, analisa.
Reconhecimento
      “Ele sempre se esforçou para acompanhar o ritmo puxado e os trabalhos, e isso era o que eu mais avaliavaâ€, explica um de seus professores, Rafael Mattoso Galdino.
      Urias é agente operacional judiciário em Franco da Rocha (SP). Ao sair do serviço, ele ia direto para a universidade, saia às 22h30 e voltava para casa de trem.
     “Cheguei ao oitavo semestre aos trancos e barrancos. Quase desisti por problemas de saúde, mas depois pensei: ‘Já que cheguei até aqui, não vou desistir agora. Será covardia da minha parte’â€.
     Para quem está pensando em começar a estudar mas tem receio por causa da idade ele lembra:
     “Deixem o preconceito e o medo de lado. A idade não é empecilho para nada, ainda mais quando se trata de adquirir conhecimentoâ€.
SonoticiaBoa /Com informações da Tribuna deJundiaiÂ