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Além de pedir as verbas já recebidas – como salário, férias e 13º – ela afirmou haver sido induzida a erro por fraude e coação ao assinar os documentos da rescisão do contrato, como se a sua extinção tivesse se dado a pedido dela, o que não era verdadeiro.
Assim, requereu a nulidade da dispensa a pedido, como havia sido registrada, e o consequente pagamento das verbas rescisórias próprias da dispensa por iniciativa da empresa, juntamente com a liberação do saque do FGTS e as guias para receber o seguro-desemprego. Também pediu compensação por dano moral decorrentes da situação humilhante a que teria sido submetida, ao ser obrigada a assinar a rescisão contratual sem receber as verbas devidas.
Entretanto, as provas apresentadas pela empregadora, como mensagens de conversas via celular, bem como o depoimento da própria trabalhadora à Justiça, comprovaram que esta não disse a verdade ao dar entrada à ação judicial. Em uma das mensagens, a trabalhadora chega a perguntar à ex-empregadora da possibilidade de “um acordo†para a liberação do FGTS e seguro-desemprego, já que seu novo patrão esperaria até ela receber todas as parcelas do benefÃcio social, como ele já havia feito em relação ao esposo dela.
Com base nessas provas, a juÃza Angela Garios proferiu a sentença condenando a trabalhadora ao pagamento de multa de 2% sobre o valor da causa. “A providência tem o fim pedagógico, uma vez que boa-fé é o mÃnimo que se espera das partes e é necessário coibir práticas desleais, que demonstram um desprestÃgio a todo o Poder Judiciárioâ€, afirmou.
Por fim, a magistrada determinou à trabalhadora o pagamento dos honorários advocatÃcios de sucumbência de 10% sobre o valor dos pedidos julgados improcedentes. A decisão não é passÃvel de modificação, pois já transitou em julgado.