sexta-feira, 19/04/2024
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Os caminhoneiros e a segurança nacional

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        Caminhão FC    Nunca antes – nem nas crises institucionais e nas catástrofes – o país enfrentou tamanha crise de abastecimento. Impacta toda a comunidade a parada dos caminhoneiros, que insistem em continuar de braços cruzados, mesmo depois arrancar do governo todas as suas reivindicações. Além de postos de abastecimento de combustíveis, centrais de alimentos, hospitais e farmácias, os restaurantes e similares entram em colapso. Por um lado, pagam elevados preços para conseguir as mercadorias do seu cardápio, mas não podem repassar ao cliente, para não perdê-lo; por outro, não conseguem estimar o fluxo da clientela, pois isso depende do funcionamento de outros setores, muitos deles parados por pontos facultativos ou falta dos trabalhadores que, sem transporte, não conseguem acessar seus postos laborativos.
                Ao mesmo tempo em que falta comida e não existem garantias de fluxo de clientes nos bares, lanchonetes e restaurantes, sua matéria-prima é perdida nas zonas de produção, de onde não saem por falta de transporte. Milhares de animais – especialmente aves – já morreram de fome, em típico estado de barbárie. Os criadores, que os produzem e mantém em cativeiro, não conseguem a ração que lhes é devida e cujos insumos também se perdem nos campos das fazendas de produção de grãos. Além do problema da forme que, se não for resolvida a greve também deverá se alastrar entre os humanos, notadamente os de menor poder aquisitivo, ainda podemos prever a carestia dos alimentos. Todos os animas, grãos e outras mercadorias que hoje se perdem no campo farão falta na hora do reabastecimento dos ceasas, supermercados, bares, lanchonetes, restaurantes e até das despensas domésticas. A escassez tornará inevitável o preço alto.
                Na noite do domingo – quando o governo capitulou às exigências da classe – a greve dos caminhoneiros esgotou sua fase reivindicatória e se tornou problema de segurança nacional. O governo tem o dever de restabelecer os transportes e o abastecimento com a máxima urgência. Sem isso, sua autoridade estará completamente desmentida e o país entrará para um perigoso vácuo, onde será difícil manter até a ordem pública. Onde não há pão – já se  dizia antigamente – todos gritam e ninguém tem razão.
                O presidente Michel Temer e seu ministério devem à população a recolocação do país em estabilidade. O Congresso Nacional tem a mesma responsabilidade de resolver a crise, discutindo e votando as medidas do Executivo e, além disso, dando a sua própria contribuição. Se não o conseguem fazer, têm de pedir o socorro do Judiciário e até das lideranças da comunidade. O que não pode é continuar marchando para a inviabilidade sem a adoção de medidas eficazes para evitar o desastre…  
 
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) 
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