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PaÃses do Mercosul assinam pacto que pode reduzir preço de remédios em 80%
Medicamentos de alto custo
Brasil.govJ. Freitas/Agência Brasil
  Reprodução
  Compra conjunta irá garantir maior oferta de tratamentos à população dos paÃses que integram o bloco econômico. Pacto entre ministros da Saúde do Mercosul irá reduzir em até 80% o preço de medicamentos de alto custo. A decisão foi tomada, nesta sexta-feira (16), durante a 40ª edição da Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, realizada na Argentina.
      A compra conjunta irá garantir maior oferta de tratamentos à população dos paÃses que integram o bloco econômico.
         Alguns medicamentos estão na lista para uma próxima compra conjunta entre os paÃses, como o Eculizumabe, que é um dos medicamentos mais caros e mais demandados, via judicial, no Sistema Único de Saúde (SUS), o Trastuzumabe, Rituximabe e toda a linha dos Mabes, indicadas para o tratamento de artrite reumatóide e câncer.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou que além dessa ação, a pasta tem trabalhado fortemente na polÃtica de transferência de tecnologia de produção desses medicamentos para o Brasil.Â
Ele também reforçou a importância de ações como essa para buscar novas rodadas de negociação com a indústria farmacêutica: “Há uma preocupação em sustentar o complexo industrial farmacêutico de cada paÃs, mas em negociações conjuntas de produtos patenteados nós podemos conseguir redução muito significativa de preços, como temos conseguido no Brasilâ€.
Em 2015, o órgão brasileiro realizou, pela primeira vez, a compra do medicamento Darunavir – usado para o tratamento do HIV, junto com Venezuela, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru e Suriname. Na ocasião, os paÃses conseguiram uma economia de 83% com a negociação realizada. Somente para o Brasil, que já registrava um dos menores preços do bloco, de U$ 2,98 por unidade, a aquisição representou uma redução de U$ 14,2 milhões.
Cooperação
Os ministros da Saúde assinaram, também, documentos para a realização de mecanismos que permitam realizar o intercâmbio para analisar capacidades de vigilância e compartilhar experiências sobre eventos de massa na região para potencializar a capacidade dos paÃses.  Â
Além disso, ficou acordado entre os representantes do setor a importância de priorizar a saúde pública nas negociações de acordos de livre comércio, a adoção de critérios que protejam a saúde pública no exame das solicitações de patentes e de seguir fortalecendo o acesso aos medicamentos genéricos e bioterapêuticos similares, de qualidade, seguros e eficazes.