sexta-feira, 19/04/2024
Banner animado
InícioNotíciasEducaçãoComo a criança inicia o desenvolvimento da linguagem oral e escrita

Como a criança inicia o desenvolvimento da linguagem oral e escrita

Banner animado

imagens  ilustrativa e destaque, web

                      Este artigo tem como objetivo relatar como a criança inicia o processo de desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Pois, desde os primórdios, o homem encontrou muitas maneiras de representar seu pensamento e se comunicar com o mundo.

                      Assim, podemos definir a linguagem oral como um sistema finito de princípios que permitem ao falante codificar significados em sons e ao ouvinte decodificar sonsem significados. Contudo, esse sistema finito possui a propriedade se ser infinitamente criativo, no sentido de possibilitar ao falante e ao ouvinte criar e entenderem conjuntos finitos de sentenças gramaticais novas.

                  Ao nascer, um bebê sente a necessidade de se comunicar com o mundo, e o faz através do choro. Após esse período de expressão, o bebê começa a emitir sons consonantais e vocálicos aleatoriamente, ele passa a comunicar-se através de balbucios. Assim, a linguagem é ensinada para os bebês todos os dias em todas as situações, aprimorando suas capacidades de ouvir sons e vozes.

                    Para Kamill, apud Lugle o conhecimento social se refere ao conhecimento que a criança já possui, onde é transmitido de geração para geração. Antes de memorizar o nome de um objeto, a criança já deve ter explorado o mesmo, podendo assim reconhecer suas características físicas, que após esse reconhecimento a criança passa a nomeá-lo e compará-lo com outros objetos de forma mental. Quando a criança chega há 1 ano e 8 meses, ela passa a dizer o que quer para si através de sinais e gestos, e nós adultos passamos dizer para a criança o nome correto do que ela deseja para que ela aprenda a pronunciar aumentando assim o seu vocabulário e aprimorando sua oralidade até o momento que possa chegar à escrita.

                         Porém, para entrar neste processo da linguagem escrita, a criança depende de algumas habilidades motoras e cognitivas. Motoras porque depende disso para fazerem os traçados das letras e a percepção espacial e cognitiva para desenvolverem a relação mental entre os sons e letras. Porem muitas vezes essa escrita é imposta á criança como algo estático como ressalta RCNs:

                       Ao se considerar as crianças ativas na construção de conhecimentos e não receptoras passivas de informações há uma transformação substancial na forma de compreender como elas aprendem a falar, a ler e a escrever. (BRASIL, 1998, p.120 apud LUGLE, p. 75)

                            Assim, a escrita funciona como sistema de representação que quando ensina por codificação coloca-se a descriminação visual e auditiva sem questionar se é reduzida aos sons. Para Ferreiro (2001) as crianças passam por 5 fases no desenvolvimento da escrita. A primeira é a Garatuja que é quando a criança não compreende o sistema da sua escrita, pois as primeiras escritas são traços irregulares, linhas, bolinhas, onde a criança não se preocupa se essas são números, letras ou desenhos. Na Pré-Silábica a criança não relaciona as letras com os sons da língua falada, utiliza muitas letras para escrever as palavras, as primeiras referências são as letras do seu nome, relaciona o nome do objeto ou animal que ira escrever com a quantidade de letra, não admite que uma palavra possa ser escrita com uma ou duas letras. Na Silábica a criança começa criar hipótese que para escrever usa uma letra para cada silaba, interpreta a letra á sua maneira, atribuindo valor de silaba a cada letra. Já na Silábica Alfabética mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas silabas, mas cria relação entre sons e as letras que necessitam para escrever. E por ultima, a fase Alfabética há valor nas letras e nas silabas aproximando-se da escrita convencional.

                            Para concluir Ferreiro (2001) afirma que: O professor, no seu papel de mediador dessa aprendizagem, deverá favorecer aos alunos desafios e atividades que os permitam construir com significado a escrita e a alfabetização será consequência desta pratica (FERREIRO 2001 apud LUGLE, p. 76).

REFERÊNCIAS:

 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil.  Brasília: MEC/SEF. 1998.

 

Lugle, A. M. C. FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA. IN Universidade Norte do Paraná. Curso Normal Superior/Pedagogia. A Formação e o Trabalho Pedagógico do Professor Na Educação Infantil. Unopar. Londrina: Editora CDI; 2008. ¿ p. 63 – 84?

 

Autoras: Elizangela Pereira Martins, Izaura Tavares Nunes Martins.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!
- Anúncio -
Banner animado

MAIS LIDAS

Comentários Recentes