sexta-feira, 29/03/2024
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Segurança no país do faz-de-conta

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imagem ilustrativa – web

            Em todos os sentidos, há muito tempo o brasileiro não vive momento de baixo astral como o de agora. Seu otimismo, muitas vezes exagerado, foi substituído pela decepção e incerteza e o leva a manifestações que vão desde a recusa ao aumento do ônibus até o desejo de derrubar o governo. Enfraquece o poder das autoridades e instituições, a economia se debilita e o crime se potencializa nas diferentes formas e instâncias. O quadro incomoda e exige tomada de posições por parte daqueles que ainda não se perderam pelo caminho da demagogia e da falta de ação.

            A classe política das últimas décadas, oportunisticamente, embebedou-se de democracia, mas se esqueceu de observar os pressupostos da própria democracia. Não basta ter eleições em datas certas. É preciso manter o país, sua economia e as instituições em pleno funcionamento, inclusive no que tange ao cumprimento do ordenamento jurídico. Cidadãos, empresas e o governo, em todas suas instâncias, têm de cumprir rigorosamente suas obrigações estabelecidas em lei. Mas isso, infelizmente, não tem ocorrido. Pelo contrário, a própria legislação tem sido alterada sob o pretexto de aperfeiçoamento, mas a prática tem levado à desconstrução da sociedade e debilidade dos costumes.

            Os partidos políticos só pensam no na locupletação do poder e pouco ou nada representam no contexto social. Governantes e parlamentares, motivados por sonhadores e interesseiros de plantão, promoveram a distribuição de direitos e benesses sem a contrapartida de obrigações. As bolsas, abonos e assemelhados entregues às exploradas minorias servem mais de sustentáculo para o poder do que para benefício dos destinatários. E a propaganda diz maravilhas dos governos.

            Mas o cidadão sabe as dificuldades que enfrenta. Educação, saúde, trabalho, moradia e segurança fazem parte do dia-a-dia institucional, mas não estão disponíveis para todos, especialmente nas emergências. A segurança pública está à deriva e é precária porque os governos, para se parecerem mais “democráticos” do que realmente são, não permitemsuas polícias trabalharem adequadamente. Mas nem por isso, cumprem suas obrigações para com os que já estão encarcerados, mantendo-os em estabelecimentos inadequados, que não os recuperam para a vida depois de terminada a pena. Tanto que surgiram as organizações criminosas, verdadeiros “sindicatos” que funcionam dentro das prisões, no vácuo do estado.

            A democracia dos direitos sem deveres, da economia mágica, da corrupção endêmica e do estado ineficiente não tem futuro. É preciso mudar, enqnanto é tempo. A massa está perdendo a paciência e o caos já está anunciado…

 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

aspomilpm@terra.com.br

 

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