Escombros de shopping destruÃdo em Palu — Foto: Tatan Syuflana / AP
 G1/globo
 Número de mortos pode subir, pois há dezenas de desaparecidos e mais de 500 feridos – muitos em estado grave.
Hotel de dez andares destruÃdo em Palu — Foto: AFP Photo
O número de mortos nos terremotos e no tsunami que atingiram a ilha indonésia de Sulawesi dobrou e chegou a 832 em um balanço divulgado neste domingo (30). Porém, esse número pode subir, pois dezenas de pessoas seguem desaparecidas e mais de 500 estão feridas – muitas em estado grave.
A maioria das vÃtimas foi registrada em Palu, cidade com cerca de 350 mil habitantes na costa oeste da ilha, de acordo com a Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio). Onze pessoas morreram na vizinha Donggala.
O porta-voz da BNPB, Sutopo Purwo Nugroho, afirmou que um enterro em massa será realizado na cidade de Palu, por questões de segurança sanitária.
Terremoto seguido de tsunami mata 832 pessoas na Indonésia
O presidente de Indonésia, Joko Widodo, iniciou neste domingo uma visita à s áreas mais afetadas. Ele chegou ao aeroporto de Palu, capital da provÃncia, algumas horas depois da sua reabertura para voos comerciais.
“Quero ver eu mesmo e assegurar-me de que a resposta ao impacto do terremoto e do tsunami chega a todos nossos irmãos. Peço a todo o paÃs que reze por elesâ€, escreveu o presidente no twitter.
Carros danificados no centro de Sulawesi — Foto: Bay Ismoyo / AFP
Há cerca de 10 mil pessoas desabrigadas, espalhadas em 50 pontos na cidade de Palu.
A Cruz Vermelha Internacional alertou que ainda há pouca informação sobre Donggala, cidade de difÃcil acesso, afirmando ser a situação “extremamente preocupante” no local.
As falhas nas comunicações têm dificultado os trabalhos das equipes de busca e salvamento no terreno. As agências internacionais falam em centenas de feridos, que recebem tratamento médico em tendas improvisadas.
A catástrofe começou na sexta, com um terremoto de magnitude 6,1 seguido por outros, sendo um mais potente, de magnitude 7,5, e de um tsunami, que devastou a costa.
As autoridades atualizaram neste domingo os números da tragédia: são 832 mortos, 540 feridos, 29 desaparecidos, 16.732 desabrigados ou deslocados e 350 mil afetados pelo terremoto ou pelo tsunami.
Homem observa vÃtimas do terremoto e do tsunami na indonésia — Foto: Muhammad Adimaja / Reuters
Apesar da reabertura do aeroporto de Palu, a organização AirNav Indonesia afirmou em comunicado que os voos comerciais serão limitados e que receberão prioridade nas operações de emergência e na ajuda humanitária.
A Força Aérea indonésia tem preparados para enviar para Palu 12 aviões Hércules, quatro Boeing 737, cinco aviões CN 295, dois aviões CN 235 e vários helicópteros para que cumpram tarefas de salvamento, assistência humanitária, evacuação e logÃstica.
O chefe da Força Aérea, Yuyu Sutisna, afirmou para a imprensa local que também serão enviados cem integrantes de unidades especiais.
O Ministério de Saúde está organizando a chegada de pessoal e material médico a Palu e as outras zonas afetadas, como a cidade de Donggala, a outra mais castigada com 277 mil habitantes.
O Ministério dos Assuntos Sociais enviou para Palu seis cozinhas públicas com capacidade para preparar 36 mil refeições diárias.
Navio levado pelo tsunami em Palu — Foto: Rio Mario / AP
Para conter os casos de roubo e pilhagem em Palu, autoridades autorizaram as vÃtimas a obter provisões em determinados negócios dirigidos pelo Estado.
A Indonésia está situada sobre o chamado Anel de Fogo do PacÃfico, uma zona de grande atividade sÃsmica e vulcânica onde, em cada ano, são registrados cerca de 7 mil terremotos, a maioria moderados.
Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400 mil ficaram desabrigadas devido a quatro terremotos de magnitudes entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.