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       Anamã, a 160 quilômetros de Manaus, foi invadida pelo Rio Solimões.
Cidade está completamente alagada; é a Veneza do Amazonas.
Dos 62 municÃpios do estado do Amazonas, 39 estão em situação de emergência por causa da cheia dos rios da região.
      As inundações afetam a rotina de mais de 64 mil famÃlias que precisam se adaptar.
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    A placa dá as boas-vindas, mas quem chega à cidade mais afetada pela cheia no Amazonas se espanta. Anamã, a 160 quilômetros de Manaus, foi invadida pelo Rio Solimões. A cidade está completamente alagada. O nÃvel do rio surpreendeu até quem está acostumado com as cheias na região.
       “Deu a entender que não ia alagar, então as pessoas não se prepararam. E esse rio encheu muito rápido. Hoje tá aà como você tá vendoâ€, conta o prefeito de Anamã, Raimundo Pinheiro da Silva.
        As escolas do municÃpio suspenderam as aulas, cerca de quatro mil alunos estão sem estudar. Nem a prefeitura escapou. E só não parou porque os funcionários trabalham agora em cima de tablados de madeira, chamados de marombas.
“Com a ajuda da maromba, graças a Deus, o trabalho ficou fácil, a gente coloca as nossas coisas. Se não estragaâ€, diz a chefe do setor de pessoal, Teresa Amorim.
No hospital, a água está na porta. E no posto de saúde só se chega de canoa. Na cidade onde não se vê o asfalto das ruas por pelo menos três meses do ano, o comum é andar de canoa. É até por isso que o municÃpio de Anamã é conhecido como a Veneza do Amazonas.
As canoas servem principalmente como transporte para os moradores, mas também ajudam na coleta de lixo. E tem ainda a canoa de som.
É enfrentando as águas que as famÃlias tentam manter a rotina. Vida que não para na Amazônia alagada.
“Por enquanto, a gente tem que passar por isso, né?â€, lamenta um morador.
Os 12 mil habitantes de Anamã aprendem desde cedo que num lugar onde o rio é estrada empunhar o remo e controlar a canoa não é brincadeira. É questão de sobrevivência.








