DEPOIMENTOS AÇÃO RIVA: Irregularidades relatadas por deputados e ex-deputados podem devem ser analisadas pelo MPE

                       As declarações de alguns deputados e ex-deputados estaduais nas audiências de instrução da ação penal em que o ex-deputado estadual José Riva (PSD) é acusado de desviar R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso podem resultar em novas ações do Ministério Público Estadual. 

                    Em decisão, a juíza Selma Regina de Arruda, da Vara Especializada em Combate ao Crime Organizado de Cuiabá, informa que até agora foram ouvidos quatro deputados estaduais e três ex-deputados que nada declararam de concreto em relação aos fatos postos em análise.

“… outros revelaram a ocorrência de verdadeira farra com o dinheiro público: patrocínio de festas e até velórios, fornecimento de ajuda com uso do erário para estudantes, além de outros absurdos que, por certo, ainda serão objetos de análise pelo MPE e pela Vara Especializada em Ações Civis Públicas”, proferiu a magistrada.

No dia 28 de abril, o ex-deputado Antônio Azambuja (PP), que exerceu mandato até 2013, relatou que a população usava seu gabinete na AL para impressão e estudantes de Direito também usavam para tirar xerox de livros. O deputado Romoaldo Júnior (PMDB), que inclusive foi presidente da Casa, reforçou a declaração do ex-colega acrescentando que os deputados gastam dinheiro das verbas com ajudas para velórios e formaturas. 

O atual presidente da ALMT, Guilherme Maluf, que juntamente ao peemedebista participou da oitiva em 28 de maio, confirmou as declarações que lideranças políticas do interior do Estado estão autorizadas a usar os materiais. Segundo, Maluf o duodécimo anual da Casa de Leis é de R$ 402 milhões sendo que não sabe exatamente quantos são gastos com materiais de escritório.