quinta-feira, 21/11/2024
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Como a criança inicia o desenvolvimento da linguagem oral e escrita

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                      Este artigo tem como objetivo relatar como a criança inicia o processo de desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Pois, desde os primórdios, o homem encontrou muitas maneiras de representar seu pensamento e se comunicar com o mundo.

                      Assim, podemos definir a linguagem oral como um sistema finito de princípios que permitem ao falante codificar significados em sons e ao ouvinte decodificar sonsem significados. Contudo, esse sistema finito possui a propriedade se ser infinitamente criativo, no sentido de possibilitar ao falante e ao ouvinte criar e entenderem conjuntos finitos de sentenças gramaticais novas.

                  Ao nascer, um bebê sente a necessidade de se comunicar com o mundo, e o faz através do choro. Após esse período de expressão, o bebê começa a emitir sons consonantais e vocálicos aleatoriamente, ele passa a comunicar-se através de balbucios. Assim, a linguagem é ensinada para os bebês todos os dias em todas as situações, aprimorando suas capacidades de ouvir sons e vozes.

                    Para Kamill, apud Lugle o conhecimento social se refere ao conhecimento que a criança já possui, onde é transmitido de geração para geração. Antes de memorizar o nome de um objeto, a criança já deve ter explorado o mesmo, podendo assim reconhecer suas características físicas, que após esse reconhecimento a criança passa a nomeá-lo e compará-lo com outros objetos de forma mental. Quando a criança chega há 1 ano e 8 meses, ela passa a dizer o que quer para si através de sinais e gestos, e nós adultos passamos dizer para a criança o nome correto do que ela deseja para que ela aprenda a pronunciar aumentando assim o seu vocabulário e aprimorando sua oralidade até o momento que possa chegar à escrita.

                         Porém, para entrar neste processo da linguagem escrita, a criança depende de algumas habilidades motoras e cognitivas. Motoras porque depende disso para fazerem os traçados das letras e a percepção espacial e cognitiva para desenvolverem a relação mental entre os sons e letras. Porem muitas vezes essa escrita é imposta á criança como algo estático como ressalta RCNs:

                       Ao se considerar as crianças ativas na construção de conhecimentos e não receptoras passivas de informações há uma transformação substancial na forma de compreender como elas aprendem a falar, a ler e a escrever. (BRASIL, 1998, p.120 apud LUGLE, p. 75)

                            Assim, a escrita funciona como sistema de representação que quando ensina por codificação coloca-se a descriminação visual e auditiva sem questionar se é reduzida aos sons. Para Ferreiro (2001) as crianças passam por 5 fases no desenvolvimento da escrita. A primeira é a Garatuja que é quando a criança não compreende o sistema da sua escrita, pois as primeiras escritas são traços irregulares, linhas, bolinhas, onde a criança não se preocupa se essas são números, letras ou desenhos. Na Pré-Silábica a criança não relaciona as letras com os sons da língua falada, utiliza muitas letras para escrever as palavras, as primeiras referências são as letras do seu nome, relaciona o nome do objeto ou animal que ira escrever com a quantidade de letra, não admite que uma palavra possa ser escrita com uma ou duas letras. Na Silábica a criança começa criar hipótese que para escrever usa uma letra para cada silaba, interpreta a letra á sua maneira, atribuindo valor de silaba a cada letra. Já na Silábica Alfabética mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas silabas, mas cria relação entre sons e as letras que necessitam para escrever. E por ultima, a fase Alfabética há valor nas letras e nas silabas aproximando-se da escrita convencional.

                            Para concluir Ferreiro (2001) afirma que: O professor, no seu papel de mediador dessa aprendizagem, deverá favorecer aos alunos desafios e atividades que os permitam construir com significado a escrita e a alfabetização será consequência desta pratica (FERREIRO 2001 apud LUGLE, p. 76).

REFERÊNCIAS:

 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil.  Brasília: MEC/SEF. 1998.

 

Lugle, A. M. C. FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA. IN Universidade Norte do Paraná. Curso Normal Superior/Pedagogia. A Formação e o Trabalho Pedagógico do Professor Na Educação Infantil. Unopar. Londrina: Editora CDI; 2008. ¿ p. 63 – 84?

 

Autoras: Elizangela Pereira Martins, Izaura Tavares Nunes Martins.

 

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