Diversas entidades presentes na cerimônia de divulgação do Plano Safra 23/24 comentaram sobre o valor dos recursos anunciados. Segundo as associações ouvidas, o plano atende às expectativas do setor produtivo.
O Conselho de Administração da Associação Brasileira Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) elogiou o plano, destacando que ele é robusto e trará benefícios para a indústria de máquinas e para todo o setor agrícola, que abastece grande parte do mundo com alimentos.
O presidente do Grupo Bom Futuro, Eraí Maggi, ressaltou a importância do plano para pequenos, médios e grandes produtores, destacando que ele proporciona motivação e garante o custeio necessário para manter a alta produtividade, especialmente diante da pressão dos preços dos commodities e a necessidade de não reduzir o uso de fertilizantes e tecnologia.
A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) destacou a redução das taxas de juros no programa de construção e ampliação de armazéns, ressaltando que o volume de recursos destinados ao programa aumentou mais de 80%. O presidente da associação, Otávio Canesin, enfatizou a importância da disponibilidade de armazenagem nas mãos dos produtores para gerenciar a venda de seus produtos.
O Plano Safra 23/24 também trouxe incentivos à sustentabilidade, com a redução da taxa de juros para produtores que adotarem práticas de conservação e preservação ambiental. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, elogiou a iniciativa do governo, destacando que 86% do algodão brasileiro possui certificação socioambiental, demonstrando responsabilidade na produção.
No entanto, o setor leiteiro demonstrou preocupação em relação à efetiva chegada dos recursos aos produtores. O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, ressaltou que os recursos anunciados são surpreendentes, mas é necessário garantir que não haja problemas na distribuição, considerando a dimensão do segmento. Ele também mencionou que os juros apresentados para os não pertencentes à agricultura familiar são satisfatórios em comparação com o mercado atual.
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