FALSO SEQUESTRO: o que esperam fazer as autoridades?

            Os “falsos sequestradores”  estão espalhados pelos quatro cantos do país. Trata-se de uma questão séria que já merece um pouco mais de atenção da parte das autoridades competentes, principalmente porque  envolve na grande maioria dos casos pessoas idosas ou pouco esclarecidas(indefesas),  gerando vários prejuízos, quando não material ficam as sequelas ou a pessoa  perde até a própria vida, como o caso recém da aposentada Francisca  Oliveira Mendonça, de 63 anos, que morreu de infarto, no Acre, há dois dias, após  ela receber uma ligação anunciando que sua filha havia sido sequestrada e que deveria depositar R$ 10 mil para o resgate.

              E já são muitas as vítimas do “falso sequestro”  em nossa região, e os  elementos tudo indica que  conhecem ou até mesmo convivem com suas vítimas. Em Colíder  um dos casos envolveu o Jorge Luchetti, vigia do Auto Posto Pit Stop, ele disse a nossa reportagem que recebeu um “presente de grego” na manhã  do dia do seu aniversário no primeiro dia do mês,  as 9:30 horas. Golpista simulou sequestro de uma das suas filhas.  Um telefonema irrestrito Jorge  recebeu, e uma  voz  trêmula de mulher chorando, dizia: pai estou nas mãos de bandidos, vão me matar.

               Apesar da não clareza da voz(embaraçada),  creditando ele no momento ser a sua filha Adriana, a qual reside na mesma cidade, mas em outro endereço,  passou então a tratá-la por esse nome e perguntou onde ela estava,  respondendo a mulher disse que eles não a deixava falar, foi   quando o bandido passou a conversar  com ele ao telefone, e  amedrontando-o dizia está com sua filha Adriana e ia matá-la se não tivesse três mil reais para o resgate.

                         Enquanto o sr. Jorge falava ao telefone com o tal sequestrador, informando ser pobre e não dispor deste valor, sua outra filha telefonou para Adriana, essa que estava muito bem, graças a Deus, e ao tomar conhecimento Jorge passou  a desmascarar  o indivíduo que imediatamente desligou o telefone.

  IDOSA DE 74 ANOS CAI NO GOLPE

                Em Sinop não teve a mesma sorte uma senhora idosa (74 anos), residente no bairro Vila Mariana,  que  na delegacia registrou boletim de ocorrência informando ter sido vítima de  falso sequestro.      

              Segundo ela havia ido a uma  agência bancária e feito o depósito do valor de  R$ 1,5 mil numa conta em nome de Eliane Soares, que alegou ter sequestrado a sua filha. Informando, ainda, que o valor exigido pelos bandidos foi de três mil reais, e por não conseguir esse valor ela foi mal tratada, muito torturada psicologicamente.  Mas quando chegou  em sua casa ela encontrou sua filha que disse nada ter acontecido.

            Esses são apenas alguns exemplos dos inúmeros casos ocorridos, alguns poucos registrados, pois as pessoas se sentem envergonhadas por ter sido enganada e evitam fazer a devida ocorrência na Polícia.

                   Entendemos que as autoridades competentes deviam voltar suas atenções à questão, desenvolver uma campanha, talvez, de conscientização, ou buscar outros meios de proteger as pessoas desses bandidos.

  No AC, idosa morre após receber   ligação  em golpe do falso sequestro

 Suspeito teria dito que a idosa deveria depositar R$ 10 mil ou filha morreria. ‘É uma sensação horrível’, diz filha da aposentada.

Yuri MarcelDo G1 AC

                A aposentada Francisca Oliveira Mendonça, de 63 anos, morreu após receber uma ligação anunciando que sua filha Maria José Oliveira, de 31 anos, estava em poder de bandidos, durante uma tentativa de golpe do falso sequestro. O caso ocorreu, nesta quinta-feira (18), no bairro Vitória, em Rio Branco.

              De acordo com a vendedora Maria de Jesus Mendonça, de 40 anos, filha da aposentada, a idosa recebeu uma ligação por volta de 5 horas. “Um homem dizia que minha irmã havia sido sequestrada e seria morta se minha mãe não depositasse R$ 10 mil em uma conta bancária”, conta.

Sem conseguir falar com a filha supostamente sequestrada, a aposentada entrou em contato com Maria de Jesus, que tentou acalmá-la. “Eu disse que era um trote e que a Maria estava na minha casa, porém, ela já estava bastante nervosa e com o choque teve um infarto quando ainda estava no telefone comigo”, lembra.

 O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, porém, não conseguiu reanimá-la. Maria de Jesus diz que desde o final de 2014, a mãe reclamava de dores no peito e estava sendo acompanhada.