Quando o amor é maior, nada atrapalha o dia um casal de pombinhos de Rondônia. Em Mirante da Serra, a 400 quilômetros de Porto Velho, uma noiva entrou em trabalho de parto e o juiz de paz acabou fazendo o casamento na maternidade por videochamada. Quanta empatia!
Maicon Cleber e Janaína Cristina vivem juntos há três anos e queriam formalizar a união. Até aí tudo combinando, mas na véspera do casamento, a noiva entrou em trabalho de parto. Às pressas, o noivo comunicou o juiz de paz e o casamento foi oficializado pela internet, diretamente da maternidade do hospital.
“Era algo que a gente achou que ia ser simples e fácil, sem nenhum tipo de surpresa, mas tudo aconteceu de uma forma inusitada, nada como o esperado, tomou um rumo totalmente diferente”, relembrou Maicon.
O casamento
O casamento foi durante uma operação da Justiça Rápida Itinerante, realizada pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).
A iniciativa do Tribunal é para facilitar o acesso ao casamento civil e o serviço é gratuito e levado à comunidade: a oportunidade perfeita para quem planejava se casar, mas foi pego “de surpresa” com um bebê a caminho.
“A gente estava pensando em casar, mas nessa correria da gravidez acabou que não tinha como fazer. A neném estava para nascer e a gente não agilizou nada”, disse Maicon. “De repente eu vi o pessoal postando [sobre o casamento comunitário] e pensei: ‘A oportunidade perfeita, caiu como uma luva’.”
O destino
Maicon disse que ele e Janaína ficaram felizes com o parto em plena cerimônia praticamente, apesar da surpresa, de tudo ter ocorrido ao mesmo tempo: o casamento e o nascimento da primeira filha.
“As coisas às vezes têm que acontecer como são mesmo. Por mais que a gente planeje, acha que a gente tem o controle de tudo, mas nunca tá no controle da gente, sempre de Deus.”
Para o noivo, a felicidade é dupla agora. “A gente está feliz por ter sido algo inusitado. A realização do que a gente estava planejando há muito tempo.”
Justiça preparada
A juíza substituta do Tribunal de Justiça de Rondônia Eloise Moreira Barreto, que participou de toda a ação, disse que situações inusitadas e que precisam de imediatismo são comuns no projeto Justiça Rápida.
Segundo a juíza, quando o conciliador explicou a situação de que a noiva tinha entrado em trabalho de parto e a bebê estava prestes a nascer, ela não pensou duas vezes antes de permitir o casamento por videochamada.
“De pronto já respondi que era possível, pois não há impedimento legal, e fiquei muito emocionada e feliz de poder proporcionar essa alegria para o casal, de certa forma participando do acontecimento. Na verdade, o casal estava vivendo dois momentos felizes: o nascimento de um filho e o casamento. É um acontecimento que mostra a importância da presença ativa do Judiciário em todos os lugares e momentos”, concluiu.
Com informações da Gazeta Central
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