Surgido no Brasil há pouco mais de 20 anos, o telefone celular tornou-se a vedete entre os bens de consumo. O avanço tecnológico e a inclusão de serviços o fizeram um aparelho multiuso, onde é possÃvel “até fazer e receber telefonemasâ€. A simples possibilidade de não precisar chegar ao escritório para fazer ou receber chamadas, percebida pelos usuários ainda nos anos 90, mudou a vida do brasileiro, levando quem ainda resistia a ter o seu celular a perder negócios, desempenho profissional e ter dificuldades no relacionamento pessoal. Depois vieram as mensagens, torpedos e a enorme variedade de aplicativos disponibilizados para os smartphones.
           Com seus diferentes avanços, o celular tornou-se indispensável a todas as faixas da população. O executivo e o trabalhador ainda o utilizam para telefonar, mas não abrem mão das mensagens e da interatividade com notÃcias, informações de trânsito e outras facilidades nele contidas. Os jovens renderam-se à música, à mensagem instantânea, à s redes sociais, games e outros. O certo é que todos, independente da idade, são hoje usuários sistemáticos do celular. Isso traz efeitos colaterais e preocupações.
           São milhares as multas de trânsito aplicadas diariamente ao motorista que fala ao celular ou – ainda pior – mandam mensagens enquanto estão dirigindo. Há o caso dos usuários, especialmente os jovens que, caminhando pelas ruas, não prestam atenção ao ambiente porque está olhando para a tela do seu aparelho. Estes ainda correm o risco de desenvolver problemas de postura por manter a cabeça e o pescoço inclinados, isso sem falar da possibilidade de adquirirem LER (lesões de esforços repetitivos) por digitarem horas seguidas. Os celulares, especialmente os smart, também são apontados como perturbadores das refeições em famÃlia e por uma série de comportamentos inadequados.
           Pioneira do celular e uma das maiores operadoras no paÃs, a Vivo parte para uma campanha onde questiona se estamos usando o celular do jeito certo. Mesmo com a corrida entre as operadoras, cada uma delas anunciando melhores serviços, esta decidiu-se pela ação dentro da maturidade do sistema. Além de investir na cultura das boas práticas com o aparelho, esta e as outras operadoras não podem se esquecer, também, de boas práticas operacionais e, principalmente, de seu compromisso de manter um bom sinal em toda sua área de cobertura. Questão de respeito ao consumidor…
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)