De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, tremor foi sentido em Portugal, Espanha e Argélia
Tamires Ferreira /OlharDigital
Um forte terremoto de magnitude 6,8 atingiu o Marrocos na noite de sexta-feira (8). O tremor, considerado o mais forte que o país já sentiu em 60 anos, causou mais de 800 mortes e deixou pelo menos 670 feridos (200 em estado grave), segundo atualizou a Reuters.
O que você precisa saber:
- O terremoto ocorreu por volta das 19h30 (de Brasília) e aconteceu a uma profundidade de 18,5 km;
- Ele destruiu desde aldeias nas montanhas do Atlas até edifícios na cidade histórica de Marrakesh — uma das mais importantes do país.
- Ele durou cerca de 15 segundos;
- O Ministério do Interior comunicou que 820 pessoas morreram e outras 672 ficaram feridas, num número atualizado de vítimas — o que pode aumentar conforme buscas;
- Uma autoridade local disse que a maioria das mortes ocorreu em áreas montanhosas de difícil acesso;
- Um segundo tremor, de 4,9 de magnitude, ocorreu aproximadamente 15 minutos depois, informaram as agências internacionais de notícias.
De acordo com o G1, o número elevado de mortes nas montanhas ocorre devido ao epicentro do sismo ter vindo do alto do Atlas, 70 km ao sul de Marrakesh. As províncias mais atingidas foram Al Haouz, Ouarzazate, Marrakesh, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
O tremor também foi sentido em outros países: há relatos em veículos de imprensa de Portugal, Espanha e Argélia.
Imagens e vídeos do terremoto viralizaram nas redes sociais. Há imagens de pessoas correndo, gritando e se escondendo, inclusive perto da Mesquita Koutoubia, do século XII, em Marrakesh, um dos patrimônios mais famosos e valiosos da cidade, o qual também sofreu danos.
Em comunicado, Abderrahim Ait Daoud, chefe da cidade de Talat N’Yaaqoub, disse que autoridades já estão trabalhando nas buscas e na limpeza das estradas para permitir a passagem de ambulâncias.
Terremotos em Marrocos
Vale lembrar que terremotos no Marrocos são comuns devido à sua localização entre as placas africana e euroasiática. Em 2004, um tremor matou pelo menos 628 pessoas em Alhucemas, no nordeste do país. Em 1980, outro sismo de 7,3 de magnitude afetou a Argélia, sendo um dos mais destrutivos.
O último terremoto, no entanto, que mais causou vítimas aconteceu em 1960: estima-se que o tremor tenha matado pelo menos 12 mil pessoas, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS).
A ONU disse em comunicado que a Organização está “pronta para ajudar o governo do Marrocos nos seus esforços para auxiliar a população afetada”.