De 10 estudantes da delegação brasileira, essas duas alunas são as únicas do gênero femino a representar o país na Olimpíada Internacional de Química, na China.
Moradoras do Ceará, Sophia Alves, de 17 anos, e Ayumi Matsumoto, de 16, estão com malas prontas para o oriente. Eles se classificaram e passaram pelas fases estaduais e nacionais e conquistaram a vaga, em seletiva, para ir ao país asiático.
Aos pouquinhos, as duas têm superado a desigualdade entre o número de homens e mulheres cientistas. Sophia até chegou a se questionar se haveria espaço para ela, sendo mulher. Mas ela batalhou forte e começou a colher os frutos desde pequena.
Torneio internacional
Em 2024, dez brasileiros vão representar o país na cidade de Shenzhen. As provas serão entre os dias 20 e 27 de abril.
Sophia disse que está muito ansiosa.
“Vai ser a primeira vez, e pra um lugar bem diferente, uma cidade bem legal. Tô ansiosa e feliz”, declarou.
Já Ayumi, contou que ficou muito surpresa ao saber que viajaria à China.
Para ela, é uma responsabilidade enorme representar o Nordeste e o Brasil internacional.
“Fiquei muito feliz de saber que todo o esforço e sacrifício estão valendo a pena”.
“Tem espaço para mim?”
Não foi fácil, mas elas conseguiram.
Sophia foi incentivada pelos professores do Colégio Farias Brito, onde estuda.
Aos 14 anos ela conquistou medalhas importantes. Foi ouro na Olimpíada Cearense de Química e na Olimpíada Nacional de Ciências.
Essa última, veio com uma notícia boa. Ela também conseguiu uma bolsa para estudar e se preparar mais ainda!
Sophia sofreu o que muitas meninas sofrem quando pensam em fazer carreira na ciência: “será que vai ter espaço pra mim?”.
Mas aos poucos, ela foi deixando o pensamento para trás e viu que, apesar de ser mais difícil, nunca se pode desistir!
Superou a saudade
Já para Ayumi, o desafio foi outro: superar a saudade da família.
Ela é do Rio Grande do Norte, mas deixou o estado há dois anos para estudar em Fortaleza.
Longe dos pais, teve que driblar a saudade para persistir com foco no objetivo.
“Apesar de o colégio ter me dado todo o apoio, bate a saudade, é difícil. Muito mais que só o físico, o emocional precisa amadurecer”, ponderou.
Mas ela amadureceu, conquistou seu próprio espaço e deu um salto na carreira.
“Por mais ansiosa ou triste que eu esteja, sempre tento sair, ligar para minha família, correr na praia. Coisas que me lembram que sou mais do que uma estudante, sou um ser humano também”, explicou.
Com informações de Diário do Nordeste.
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