E a ciência vence mais uma vez! Um novo exame para detecção do câncer de próstata promete revolucionar a prática clínica. Mais rápido, o procedimento abre caminho para que milhares de homens sejam testados. E além de tudo isso, o procedimento ainda é mais barato.
Sendo possível examinar um número maior de pessoas, os especialistas prevêem a detecção de mais casos precoces, evitando danos graves aos pacientes. Além de aumentar a expectativa de vida desses homens, a rapidez na identificação do tumor também facilita o processo de tratamento.
Hoje, homens com suspeita de câncer de próstata passam por uma ressonância em três partes antes da biópsia. Com o novo sistema, apenas duas averiguações já são capazes de detectar o mesmo número de tumores graves na próstata.
Simplificando os exames
Os hospitais da University College London, no Reino Unido, foram os responsáveis pela descoberta.
O objetivo era refinar ainda mais os testes, acelerando o diagnóstico.
A ressonância magnética em três partes era positiva, mas os profissionais conseguiram aprimorar ainda mais o processo.
“Ser capaz de fazer diagnósticos precisos sem o terceiro estágio de contraste reduzirá o tempo de exame em cerca de um terço, o que significa que podemos oferecer exames a mais homens usando o mesmo número de scanners e operadores”, explicou Matthew Hobbs, diretor de pesquisa do Prostate Cancer UK.
Diagnóstico preciso
Ao tirar um processo do diagnóstico, pode-se pensar que ele se torna menos preciso, mas é justamente o contrário.
“Os novos testes permitirão que mais homens se beneficiem de um diagnóstico melhor e mais preciso, a um custo menor para os sistemas de saúde, não apenas no Reino Unido, mas em todo o mundo”, disse Matthew.
Testes acelerados
No Reino Unido, mais de 50.000 homens são diagnosticados por ano com câncer de próstata.
Denominado PRIME, o estudo que buscou uma nova solução para detecção da doença envolveu especialistas de 22 hospitais e 555 pacientes.
Os resultados serão apresentados na conferência da Associação Europeia de Urologia.
Um porta-voz do Departamento de Saúde do país disse que a descoberta vai acelerar a forma que se detecta a doença hoje.