Já imaginou um restaurante onde você, o cliente, paga quanto puder? Ele existe na Inglaterra, e só no ano passado, alimentou mais de 20 mil pessoas!
O The Long Table fica em Gloucestershire, condado na região Sudoeste da Inglaterra. Lá, os profissionais trabalham com quatro pilares: resiliência comunitária e alimentar, cantina comunitária e luta contra o desperdício.
Os clientes ficam sentados em grandes mesas longas que servem para interação e toda a comida vem de alimentos que iriam ser descartados no lixo. “A verdade é que somos um restaurante incrível onde priorizamos ser um empregador com salários dignos reais, e priorizamos os tipos de fornecedores que não apenas priorizam o planeta, mas também as pessoas”, explicou Will North, gerente geral do local.
Pague o quanto puder
Lá no Long Table é assim, você paga quanto puder.
E se engana quem acha que o modelo não funciona. “Em vez de cobrar por isso, todas as nossas refeições são totalmente pagas quanto possível. Nunca há qualquer expectativa de pagar por isso. Esse é o risco que corremos”, disse Will.
E o negócio deu certo. O restaurante virou um sucesso e está sempre lotado.
Todos os clientes comem o mesmo prato e o almoço é servido a partir do meio-dia, cinco dias por semana.
Em cada almoço, os chefs cozinham para um número de 100 a 250 pessoas.
“Fazemos cerca de £ 500.000 por ano. No próximo ano, deverá ser cerca de £550.000; e gastamos cerca de £550.000 para fazer isso”, explica o gerente.
Alimentação e conscientização
E o objetivo do The Long Table não é só alimentar, é conscientizar.
“Mantemos um espaço onde todos tentamos coletivamente responder a uma pergunta: e se todos em nossa comunidade tivessem acesso a boa comida e pessoas com quem comê-la?”, indaga Will.
Para Will, o restaurante consegue mostrar para a indústria alimentícia o futuro.
“Estamos mostrando às pessoas da indústria alimentícia [o que] poderia ser o futuro do mundo alimentar. Mas só é o futuro se você não quiser se tornar um milionário enquanto faz isso”
Cardápio variado
Os chefs dão preferência a fornecedores locais e à sazonalidade das plantações.
Grande parte dos alimentos vem de uma instituição de caridade que redistribui os excedentes de alimentos.
No cardápio estão pratos como cenouras glaceadas com mel, pães frescos, pudim de pão e manteiga com molho aromatizado com queijo azul.
A proteína animal é raramente oferecida, mas quando aparece, segue todo um ritual.
Como se trata de um restaurante sustentável, ver o animal antes, acompanhar o processo, mesmo que no final vire comida, pra eles importa.
“Temos uma regra segundo a qual devemos tocar em qualquer animal que comprarmos. Isso significa que seguimos do produtor ao matadouro e ao açougueiro”, explica Will.
SNB / Com informações de The Guardian.
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