sexta-feira, 22/11/2024
Banner animado
InícioAGRONOTÍCIASMeio AmbientePolícia Civil investiga 24 madeireiras suspeitas de esquentar produtos florestais

Polícia Civil investiga 24 madeireiras suspeitas de esquentar produtos florestais

Banner animado

      MADEIRA     

       Vinte e quatro madeireiras da Região Norte do Estado de Mato Grosso são investigadas pela Polícia Judiciária Civil em esquema montado para comercialização ilegal de madeira, com uso de créditos e guias florestais falsas, para “esquentar” carregamentos que saiam de Mato Grosso com destino a outros estados.  

                 O esquema estaria operando há quatro anos e teria inserido no mercado mais de 63 mil metros cúbicos de madeira ilegal, equivalente a mais de 2 mil bitrens carregados. Com a suspensão das atividades das madeireiras, mais de 100 mil metros cúbicos de madeiras foram bloqueados. A metragem representa 3 mil carretas bitrem carregadas.

            O funcionário de uma das empresas investigadas e três motoristas de caminhões carregados com madeiras clandestinas foram presos, na operação “Fornalha”, deflagrada na semana passada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) em conjunto com o núcleo de inteligência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

               De acordo com a Dema, as empresas tiveram as atividades suspensas. Uma das madeireiras de “fachada” funcionava em um residência, no município de Alta Floresta (803 km ao Norte), onde segundo as investigações era mantido o núcleo do esquema.

                No endereço da empresa denominada FZ Indústria e Comércio e Exploração de Madeiras LTDA, também operava outra madeireira de fachada de nome Izaac Batista de Brito Comércio de Madeiras – ME. “Nessas empresas os investigados realizaram um grande volume de movimentações fraudulentas de créditos florestais e também comercializavam guias”, disse o delegado da Dema, Gianmarco Paccola Capoani.

             Conforme o delegado Gianmarco Paccola Capoani, a investigação da operação “Fornalha” começou há 3 meses, com o objetivo de combater a exploração ilegal de madeira e fraudes nos sistemas de controle do comércio e transporte de produtos florestais.

                 No inquérito policial, foi detectado que a empresa FZ, em Alta Floresta, era uma “madeireira fantasma”, ou seja, uma empresa de “fachada” com a finalidade de emitir e vender Guias Florestais. No local, na última quinta-feira (13.08), um funcionário foi preso quando finalizava a impressão de três guias florestais, supostamente falsas, para esquentar carregamentos de madeira serrada, procedente do município de Nova Monte Verde (968 km ao Norte) com destino a três municípios do Estado de São Paulo.

              O funcionário foi autuado em flagrante por falsidade ideológica e uso de documento falso. No escritório também foram apreendidos documentos e R$ 10 mil dinheiro.

           Na sexta-feira (14.08), equipes da Dema, do Ibama com apoio da Polícia Rodoviária Federal conseguiram interceptar três caminhões carregados com madeira, em trechos de Alta Floresta a Cuiabá. O primeiro caminhão foi apreendido na região de Rosário Oeste (128 km ao Norte), nas abordagens quase simultâneas da equipes de policiais e fiscais do Ibama. O segundo foi parado na região do Posto Gil, em Diamantino (208 km ao Médio-Norte) e o terceiro em Sorriso (420 km ao Norte)

       Os veículos estavam carregados com madeira e possuíam documentação (nota fiscal e GF) emitida pela empresa “fantasma” FZ Industria e Comércio e Exploração de Madeiras LTDA..

              O delegado Gianmarco Paccola disse que o esquema é muito grande e ainda não é possível dimensionar o tamanho. ” As investigações demandam ainda uma série de diligencias e no momento não há previsão para seu encerramento”,

              Conforme o delegado, equipes policiais e de fiscais ainda estão na região de Alta Floresta para checagem das empresas e vistorias dos pátios para confronto daquilo que está declarado no Sistema com o que tem de fato em seus depósitos.destacou.

        A operação contou com o apoio da Delegacia Regional de Alta Floresta e da Polícia Rodoviária Federal. Os envolvidos no esquema poderão responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e ambientais.

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!
- Anúncio -
Banner animado

MAIS LIDAS

Comentários Recentes