Obras de unidades de saúde anunciadas pelo Governo Mendes desde o primeiro mandato continuam sem conclusão e sem receber pacientes.
“Por que é que as pessoas do interior vêm buscar socorro na saúde de Cuiabá?”. O questionamento é do jornalista Antero Paes de Barros no comentário Preto no Branco desta quarta-feira (08.05). Antero analisa as promessas feitas e não cumpridas pelo governador Mauro Mendes (União) sobre a construção de unidades de saúde no interior do Estado. No entanto, os anúncios ficaram apenas na promessa, a saúde no interior não funciona, o que acaba sobrecarregando a saúde pública em Cuiabá.
“Não estou dizendo que não é para Cuiabá atender, mas as pessoas só buscam socorro aqui porque a saúde no interior não funciona, porque os hospitais regionais do interior não funcionam. Porque o governo, desde o primeiro dia de mandato, está prometendo seis novos hospitais em Mato Grosso”, observou.
Antero lembra ainda que o governador Mauro Mendes, no primeiro mandato à frente do Governo do Estado, anunciou que construiria um Hospital Regional em Juína. “Este Hospital Regional em Juína, até novembro de 2023, segundo noticiário do próprio Governo, estava apenas 24% concluído”. Outro anúncio foi o da construção do Hospital Regional de Alta Floresta, que em dezembro de 2023, com dados do próprio governo, estava com apenas 33% das obras concluídas.
O Hospital Regional de Confresa, na mesma data, estava com apenas 20% das obras concluídas e, o Hospital Regional de Tangará da Serra, em dezembro de 2023, estava com 21,9% das obras concluídas.
Sobre o Hospital Central de Cuiabá, em novembro de 2019, cinco anos atrás, o governo anunciava a retomada das suas obras. “No dia 30 de maio de 2023, há um ano, o governo disse que a obra estava com 90% concluída. No dia 12 de novembro de 2023 a obra tinha chegado a 92%. Um avanço de 2% em seis meses. E em 2 de fevereiro de 2024, continuava com 92% da obra concluída”, observou Antero. Já no dia 7 de abril de 2024, véspera do aniversário de Cuiabá, o governo anunciou que a obra do Hospital Central tinha chegado a 95%, mas que a entrega só ocorrerá em 2025.
“Estes hospitais todos estão programados para não funcionar. Essa é a lógica da perversidade. Estes hospitais todos estão programados para entregar para o substituto do governador porque, mais difícil do que fazer a obra física, levantar as paredes, mais difícil que isso é colocar o hospital funcionando para atender a população. O governo não colocou nenhum hospital para funcionar. A perversidade é para que a saúde de Cuiabá fique asfixiada e com isso ficar mais fácil esculhambar o prefeito Emanuel Pinheiro”, concluiu Antero.
Da Redação