Frigoríficos continuam trabalhando com escalas de abate confortáveis. Analista de Safras & Mercado responde se cotações continuarão pressionadas
O mercado físico de boi gordo segue mantendo cotações pressionadas no Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado Allan Maia, os pecuaristas continuam negociando maiores volumes de gado, em meio à piora na qualidade das pastagens pela ausência de
chuvas, permitindo aos frigoríficos trabalharem com escalas de abate bastante confortáveis.
Ao menos no curto prazo não há uma perspectiva de mudanças desse cenário de pressão nas cotações, mesmo com os bons números registrados nas exportações de carne bovina.
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 6 de junho:
- São Paulo (Capital): R$ 215, queda de 2,27% frente aos R$ 217 da semana passada;
- Goiás (Goiânia): R$ 197, estável perante a semana anterior;
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 210, redução de 2,33% frente aos R$ 215 do fechamento da última semana;
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 215, inalterado frente à semana passada;
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 209, retração de 0,48% frente à última semana, de R$ 210;
- Rondônia (Vilhena): R$ 185, sem mudanças.
Mercado do boi no atacado
Maia informa que o mercado atacadista apresentou preços inalterados ao longo da semana, mesmo com a perspectiva de melhora do escoamento de carne bovina na primeira quinzena do mês, por conta da entrada dos salários na economia.
O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.
Exportações de carne
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 954,892 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ 45,471 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 211,976 mil toneladas, com média diária de 10,094 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.504,70.
Em relação a maio de 2023, houve alta de 11,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,9% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).