sábado, 23/11/2024
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 Professores da UFMT rejeitam proposta e continuam em greve

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A greve, iniciada devido à insatisfação com a política salarial, orçamentária e questões não financeiras para as universidades federais, continua sem previsão de término.

Professores da UFMT rejeitam proposta e continuam em greve (Foto: Assessoria)

Em assembleia geral nesta sexta-feira (21.06), professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram pela manutenção da greve aprovada em 17 de maio. A decisão foi tomada após extensa discussão na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat) sobre a proposta de acordo apresentada pelo Governo Federal, que foi amplamente rejeitada pelos participantes.

A greve, iniciada devido à insatisfação com a política salarial, orçamentária e questões não financeiras para as universidades federais, continua sem previsão de término.

Durante a assembleia, realizada com participação expressiva de docentes, foram debatidos diversos pontos, incluindo a avaliação das negociações com o governo. Os membros do Comando Local de Greve (CLG) mostraram descontentamento com a falta de avanços significativos nas discussões.

O professor Aldi Nestor de Souza, membro do Comando Local de Greve, explicou que a categoria trabalha com três eixos principais: questão salarial, questão orçamentária e questões não financeiras. A pauta salarial não teve nenhuma alteração, mantendo-se a proposta de zero reajuste em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026, além de uma alteração na carreira que, segundo o docente, achata os salários.

No que diz respeito ao orçamento das universidades, o governo propôs um incremento de apenas 10% do montante reivindicado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que seria de R$ 4 bilhões. Em relação às questões não financeiras, a maioria dos avanços beneficiam os Institutos Federais, como a revogação da Portaria 983/2020 e a concessão de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC).

“Analisando esses elementos, eu entendo que a gente começou a negociação, de fato, na reunião do dia 14 de junho. Foi a primeira vez que o Governo conversou, de fato, com o Andes-SN. Por isso, não faz sentido nenhum pensar em finalizar a greve”, concluiu Nestor. Para o professor Paulo Wescley, a negociação não avançou. “Essa é uma farsa que precisa ser desfeita. A gente foi tão apequenada enquanto categoria, que a impressão que eu tenho é que só o fato de o Governo ter recebido o Andes-SN causou um alvoroço inexplicável”, avaliou.

Imagem destacada Divulgação / Andes-Sindicato Nacional e Sinasefe.

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