sábado, 07/09/2024
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DESENVOLVEDORES DE SOFTWARE: trabalhar para o exterior rende em média R$ 35 mil mensais

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Empresa de pagamentos traçou o perfil dos desenvolvedores de software brasileiros que trabalham para empresas estrangeiras

Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 

devs
Imagem: PopTika/Shutterstock

Um estudo do Transferbank com uma amostra de 500 desenvolvedores que trabalham para companhias estrangeiras e receberam seus salários em diferentes moedas, no ano de 2024, identificou que esses profissionais tiveram uma remuneração média de aproximadamente US$ 6,6 mil mensais (algo em torno de R$ 35,5 mil reais).  

A maioria dos desenvolvedores que trabalha remotamente para empresas estrangeiras é composta por homens, 85%, enquanto as mulheres representam 15%. De todos eles, 46,61% estão na faixa etária de 31 a 40 anos. Além disso, 26,02% desses profissionais têm entre 21 e 30 anos, enquanto 21,41% estão na faixa dos 41 a 50 anos.

No que se refere à localização geográfica, o estado de São Paulo é o principal polo desses trabalhadores, abrigando 42,55% dos prestadores de serviço. Em seguida vêm o Paraná, com 14,36%, e Minas Gerais, com 11,38%.

Matias Ehrhardt, que faz parte do grupo analisado na pesquisa, atua na área há 3 anos e reside no interior de São Paulo. Ele trabalha para a empresa indiana CloudSEK, especializada em prever e prevenir ameaças cibernéticas. 

Atualmente, Matias ocupa o cargo de Executivo de Contas e é responsável pela expansão do mercado na América Latina. Ele destaca as principais vantagens financeiras desse modelo de trabalho: ‘Recebo pagamentos mensais, o que traz taxas de transferência bancária reduzidas e elimina burocracias’, explica.

Trabalhar remotamente para empresas estrangeiras pode ser uma opção vantajosa para devs brasileiros – Imagem: Joyseulay/Shutterstock

Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank, observou um aumento no ticket médio em relação ao ano anterior, refletindo a crescente demanda por empresas e a escassez de profissionais de TI no mercado global.

É importante destacar que, para operações como Pessoa Jurídica (PJ), a incidência de imposto é significativamente menor do que a feita via Pessoa Física (PF). Por exemplo, se o profissional receber diretamente como pessoa física do exterior, a tributação se aplicará segundo a alíquota progressiva do IRPF, que pode chegar a 27,5%. Além disso, o INSS para autônomos é fixo em 20%.

Já para Pessoa Jurídica, há opções como o regime de tributação do Simples Nacional, com alíquota inicial de 6% a 15,5%. Adicionalmente, profissionais podem se beneficiar de incentivos fiscais municipais, como a redução de 50% no ISS para PJs sediadas em Curitiba, por exemplo.

Além disso, é relevante entender as diferentes funções desempenhadas pelos desenvolvedores que trabalham remotamente para empresas estrangeiras. Esses profissionais podem atuar como freelancers, consultores independentes, ou mesmo como parte de equipes de desenvolvimento remoto. Cada função tem suas próprias características e implicações fiscais.

Funções desempenhadas pelos devs remotos

  • Freelancers: profissionais autônomos que prestam serviços sob demanda. Eles geralmente emitem notas fiscais como Pessoa Física (PF) e pagam impostos sobre os rendimentos. A tributação varia conforme a legislação local e acordos internacionais.
  • Consultores independentes: oferecem competência especializada em projetos específicos. Eles podem atuar como Pessoa Jurídica (PJ) e emitir notas fiscais como empresa. Nesse caso, a tributação é diferente e pode envolver estratégias específicas para otimizar os impostos.
  • Equipes de desenvolvimento remoto: empresas estrangeiras frequentemente contratam equipes de desenvolvedores remotos para trabalhar em projetos contínuos. Essas equipes podem ser compostas por profissionais PJ ou PF, dependendo das necessidades e regulamentações locais.
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Demanda para devs em empresas do exterior está em alta – Imagem: Africa Studio/Shutterstock

Ráfagan Abreu, CTO do Transferbank, acrescenta que a facilidade de contratação em outros países contribui para posicionar o Brasil como um polo emergente de profissionais de tecnologia da informação.

Antes mesmo de se tornar CTO, Abreu já era um cliente assíduo da solução oferecida pela empresa e testemunhou o constante aumento da demanda.

“Essa tendência globalizada de contratações amplia significativamente as oportunidades para os especialistas brasileiros em TI, que têm um mercado gigante muito promissor para trabalhar e a oportunidade de elevar consideravelmente seus ganhos ao receber em moeda estrangeira, em um emprego que permite o home office. ”, finaliza.

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