Reconhecimento dos corpos não tem prazo para terminar, mas algumas vítimas do avião que caiu em Vinhedo já foram sepultadas
Por Pedro Spadoni, editado por Bruno Capozzi
As pessoas que estavam a bordo do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) morreram de politraumatismo, informou a Polícia Técnico-Científica de São Paulo na segunda-feira (12). Na aeronave, estavam 62 pessoas: 58 passageiros e quatro tripulantes.
“Hoje, nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de quatro mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo”, disse o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Vladmir Alves dos Reis.
O avião despencou quatro quilômetros de uma vez e atingiu o solo a 440 km/h. O diretor do IML acrescentou que as vítimas morreram com o impacto da queda e, depois, seus corpos foram carbonizados.
O reconhecimento dos corpos ainda não tem prazo para terminar. E os primeiros sepultamentos ocorreram na segunda-feira.
Avião que caiu em Vinhedo tinha problemas e ficou quatro meses sem voar
Antes de cair num condomínio no interior paulista, a aeronave modelo ATR-72 tinha registrado problemas com ar-condicionado e sistema hidráulico. Isso foi em março de 2024.
Além disso, o avião tinha sofrido “dano estrutural” por “contato anormal” com a pista, o que o deixou fora de operação por quatro meses. Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, esse contato foi um choque da cauda da aeronave com a pista.
Em relação ao acidente – o pior desde aquele com um avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em 2007 – o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu a “ação inicial” da investigação e extraiu o conteúdo das duas caixas-pretas da aeronave. O relatório preliminar sobre a queda do avião em Vinhedo deve sair em até 30 dias