Fenômeno é resultado da grande quantidade de fuligem em suspensão na atmosfera em função das queimadas que assolam parte do Brasil
Os efeitos das queimadas têm sido sentido de Norte ao Sul do Brasil. Milhões de pessoas estão sofrendo com a grande quantidade de fumaça liberada pelos incêndios. Além disso, várias regiões do país registraram fenômenos como o Sol alaranjado e a Lua avermelhada. Já no Rio Grande do Sul, moradores avistaram até “chuva preta”.
Fenômeno pode se repetir nos estados do Sul do Brasil
- O estranho fenômeno foi visto em cidades gaúchas como Pelotas e Arroio Grande.
- Os habitantes destes municípios relataram que uma água escura simplesmente caiu do céu nesta semana.
- A ocorrência da “chuva preta” havia sido prevista pela empresa de meteorologia MetSul e está relacionada com as queimadas no restante do Brasil.
- Como há previsão de chuva para os próximos dias, episódios do tipo podem se repetir no Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina e no Paraná, dependendo das condições locais e da quantidade de fuligem em suspensão na atmosfera.
O que é a “chuva preta”?
Os cientistas explicam que as queimadas podem não consumir totalmente alguns materiais orgânicos, como madeira e resíduos agrícolas. Quando isso acontece, o que é chamado de combustão incompleta, forma-se um material particulado constituído basicamente por carbono: a famosa fuligem.
Essas partículas são bastante finas e muito pequenas, com diâmetros medidos em nanômetros ou mesmo micrômetros. Isso possibilita que elas fiquem suspensas no ar por longos períodos, viajando grandes distâncias com as massas de ar.
Quando chove em áreas com grande quantidade de fuligem suspensa no ar, a água deixa de ser incolor e ganha uma coloração escura. Outras partículas contaminantes na atmosfera também contribuem para o fenômeno, chamado de “chuva preta”.
Especialistas recomendam que esta água não seja ingerida em nenhuma hipótese. Eles destacam que a “chuva preta” contém poluentes que podem afetar negativamente corpos d’água, solos e até a vegetação.