LEVANTAMENTO APONTA QUE QUASE R$ 100 MILHÕES PODEM TER SIDO PAGOS A MAIS PARA AS OSS EM 2012

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    HOSPITAL REGIONAL


     

     

    Bertúlio rebate Henry e diz que “não há comparação dessa gestão com a passada”

    LAICE SOUZA/blogdoantero

    O rombo teria ocorrido durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa

                                Um rombo milionário. Pelo menos isso é o que aponta a análise do ano de 2012, do que foi pago pelo Estado às Organizações Sociais de Saúde em Mato Grosso e o que devidamente foi produzido em atendimento pelos hospitais regionais.

                  Os dados demonstraram a existência de um rombo de R$ 96 milhões, com o pagamento de quantias exorbitantes, que ultrapassam em mais de 17 vezes o valor da produção do serviço para o valor recebido.

                              De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Marco Aurélio Bertúlio Neves, “o dinheiro foi direcionado de forma contundente para as organizações sociais de saúde”. Nesse mesmo período, em que os valores foram pagos às organizações, os repasses aos municípios foram atrasados. “Nós pagamos nesse ano mais de R$ 100 milhões em repasses atrasados, além do repasse devido de 2015”, explicou.

    Segundo os dados da secretaria, a gestão passada teria efetuado pagamentos em 2012 no ordem de R$ 16,7 milhões ao Hospital Regional de Alta Floresta, sendo que a produção dos serviços seria referente a quantia de R$ 950 mil. O Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde (Ipas) era quem administrava a unidade hospitalar nesse período.

    O Hospital Regional de Colíder, que também era gerido pelo Ipas, conforme as informações repassadas pelo secretário Bertúlio, recebeu do governo a quantia de R$ 14,6 milhões, e a produção, ou seja, a prestação de serviço, equivaleria a R$ 1,3 milhão.

    Para o Hospital de Cáceres o valor em 2012 de produção era de R$ 4 milhões e a quantia recebida foi de R$ 37 milhões. A unidade hospitalar é uma das poucas que ainda tem a gestão por meio de uma Organização Social de Saúde, a Associação Congregação de Santa Catarina.

    Em Rondonópolis, os dados apontam para um recebimento na ordem de R$ 30 milhões e o serviço prestado que equivaleria a pouco mais de R$ 7,6 milhões. O Hospital Regional do município ainda é administrado por OSS, a Organização São Camilo.

    “Não tem comparação a essa gestão [a atual] com a passada”, disse o secretário, em entrevista a Rádio Capital FM, na manhã desta quinta-feira (3), ao analisar as acusações feitas pelo ex-secretário de saúde e ex-deputado federal Pedro Henry na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as Organizações Sociais de Saúde.

     

    Nesses valores citados na reportagem não estão contabilizados do Hospital Metropolitano e da Central de Medicamentos, que também eram administrados por organizações sociais.

     

    Outro lado – A redação tentou contato com o ex-governador para comentar o assunto, mas não obteve êxito.