Escalas de abate seguem na pior posição da atual temporada. Por outro lado, de acordo com consultoria, mercado interno não consegue absorver novas altas
O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços em alta ao longo desta semana. Contudo, o movimento tem se tornado menos agressivo.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, mesmo com uma menor pujança, o viés ainda é de alta. “As escalas de abate seguem na pior posição da atual temporada, exigindo uma postura contundente das indústrias na compra de gado, em especial da indústria exportadora”, disse o analista da empresa Fernando Henrique Iglesias.
De acordo com ele, vale ressaltar que a dinâmica das exportações permanece muito forte neste momento, com o Brasil caminhando para um recorde histórico em termos de quantidade de produto comercializado.
Viés de alta no mercado atacadista
Para Iglesias, no atacado, o viés ainda é de elevação de preços para a carne bovina no curto prazo.
“Por outro lado, é importante mencionar que a carne de frango segue ganhando competitividade no mercado doméstico, em especial com o recente movimento de alta deflagrado pela carne bovina nos últimos dias. O consumidor brasileiro segue incapaz de absorver novos reajustes da carne bovina”, assinalou.
Com isso, os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país tiveram valorização na semana.
Preços da arroba do boi em 24/10 x 18/10
- São Paulo: R$ 312,92, contra R$ 309,67 – alta de 1%
- Goiás: R$ 309,29, ante R$ 304,46 (+1,6%)
- Minas Gerais: R$ 309,41, contra R$ 304,41 (+1,64%)
- Mato Grosso do Sul: R$ 312,16, contra R$ 306,48 (+1,85%).
- Mato Grosso: R$ 298,18, ante R$ 292,64 (+1,89%)
Exportações da carne bovina
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil, renderam US$ 811,956 milhões em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 57,996 milhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A quantidade total exportada pelo país chegou a 176,399 mil toneladas, com média diária de 12,599 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.603,00.
Em relação a outubro de 2023, houve alta de 42,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 42,1% na quantidade média diária exportada e avanço de 0,1% no preço médio.