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Governadores do Brasil Central desafiam crise econômica

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Imagem reprodução web

                    Os governadores do Brasil Central, consórcio Interfederativo de desenvolvimento regional formado pelos estados de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, se reúnem nesta sexta-feira (11/09), em Palmas/TO, para assinar o termo formal de referência do consórcio. O bloco dos governadores também vai definir os projetos prioritários que farão parte da estratégia de promover o desenvolvimento e o empreendedorismo num cenário de crise econômica em que vive o país.

               “O Brasil Central é o lugar onde o dinamismo brasileiro aparece em sua forma mais pura e tem tudo para ser a vanguarda nessa nova estratégia produtivista”, disse o ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.

                    Criada por inspiração da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), o movimento do Brasil Central é a primeira entidade de cooperação entre estados da federação; e terá como foco de atuação iniciativas na áreas de infraestrutura logística, agricultura, educação, indústria, empreendedorismo e ciência, tecnologia e inovação.

                  O ministro Mangabeira vem percorrendo o País para a construção de um diálogo com governadores e prefeitos com o intuito de motivar os agentes políticos em torno das prioridades e potencialidades locais, que podem alavancar ainda mais o desenvolvimento regional.

              No encontro em Palmas os governadores Marconi Perillo (GO), Rodrigo Rollenberg (DF), Pedro Taques (MT), Reinaldo Azambuja (MS), Confúcio Moura (RO, e Marcelo Miranda (TO) também devem analisar a formação de uma parceria entre o Brasil Central e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) em busca da superação dos entraves logísticos para o escoamento da produção agrícola regional.

                 O Brasil Central faz parte da nova política regional impulsionada pela SAE que abriu um novo canal na relação entre os estados e o governo federal. A política regional, entendida como uma política de compensações para o atraso relativo, como no caso do Nordeste, ganha um novo perfil no Centro-Oeste com a criação do consórcio Brasil Central. A entidade, com autonomia relativa, pretende definir prioridades de médio e longo prazo e executá-las por meio da cooperação horizontal.

         No encontro de Palmas deverão participar também governadores de departamentos fronteiriços do Paraguai que já manifestaram informalmente interesse na cooperação com os estados brasileiros do Centro-Oeste nas áreas de logística e agricultura. Foram convidados também o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e o representante no Brasil da Corporación Andina de Fomento, Victor Rico.

                A sugestão de criação do movimento Brasil Central surgiu em junho deste ano, durante uma visita do ministro ao estado de Goiás, onde propôs ao governador Marconi Perillo a criação de um novo modelo de desenvolvimento regional baseado nas vantagens competitivas e da alta produtividade econômica de Goiás e região. 

                Três dos seis governadores do Brasil Central são de oposição ao governo, mas mantém um diálogo fluido com a Presidência da República e acolheram com entusiasmo as propostas da Secretaria de Assuntos Estratégicos.

                 Os quatro estados do Centro-Oeste receberam, posteriormente, as adesões de Rondônia e Tocantins (estados amazônicos) para criar o Brasil Central, uma entidade com características de uma autarquia interfederativa que, por sua vez, terá uma agência de desenvolvimento com recursos próprios.

 Rafaella Feliciano da Costa

Jornalismo – Assessoria de Comunicação