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Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) mantém, pelo 6º dia, a ocupação em uma propriedade de 7 mil hectares, à s margens da BR-163, em Itaúba (96 quilômetros de Sinop). Um dos coordenadores estaduais do movimento, Sérgio Teixeira, explicou, ao Só NotÃcias, que os acampados aguardam um acordo com o proprietário da área.  Â
    “A gente teve audiência com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ontem, e o dono não compareceu. De qualquer forma, vamos continuar acampadosâ€, avisou.
          Segundo Teixeira, o proprietário havia manifestado interesse em vender a área para a reforma agrária. O processo, no entanto, estaria burocratizado no Incra há mais de um ano, motivo pelo qual as famÃlias decidiram ocupar a fazenda. “Parece que, agora, ele não se interessa em negociar a área.
          A gente aguardava um posicionamento dele, até porque a ocupação era para agilizar o processo. O Incra se propôs a fazer uma vistoria nos próximos dias e chamar o proprietário para dialogar. Por outro lado, ele continua tendo a opção de tentar tirar as famÃlias por via judicial, o que será mais difÃcil para todosâ€, afirmou.
   Os assentados não descartam protestos em Itaúba e, até mesmo, a interdição da BR-163, caso as negociações não avancem. O impasse com a Secretaria Municipal de Educação, que, segundo o MST, teria se recusado a buscar as mais de 50 crianças do acampamento, após a ocupação, também é motivo de descontentamento. “A prefeitura se propôs a dar uma resposta ainda esta semana. Vamos esperar até segunda-feira para decidir, caso esta resposta não chegue. Este mês teremos diversas reuniões em todo o Estado. Estamos nos mobilizando. Não vamos descartar nenhuma possibilidadeâ€.
           Conforme Só NotÃcias já informou, cerca de 400 integrantes do movimento ocuparam a fazenda no último sábado (5). No total, de acordo com informações do coordenador estadual, o MST tem seis projetos de assentamento na região Norte e mantém mais dois acampamentos.