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         Não bastasse a balbúrdia polÃtica que vivemos em BrasÃlia, onde o tema principal é a possibilidade de impeachment da presidente da República, começam agora os movimentos reivindicatórios e de protesto que, em vez de apenas empunhar sua bandeira e fazê-las vistas e respeitadas por quem de direito, fazem questão de atrapalhar a vida da população. Ao mesmo tempo em que manifestantes ligados ao MST, força de que sempre se serviu aos petistas para governar, invadiam e vandalizavam a sede do Ministério da Agricultura, em BrasÃlia, médicos residentes e funcionários dos correios, em greve, bloqueavam o trânsito na avenida Paulista, centro nevrálgico dos negócios e da economia da maior cidade do paÃs. Na esqueçamos, também, dos sem teto, outro ex-braço polÃtico do governo petista hoje rebelado contra o pacote fiscal e, finalmente, dos marginais que incendeiam veÃculos e periclitam o trânsito em represália à s ações da polÃcia em diferentes pontos do paÃs.
         De tanto clamar pelos “direitos†de supostas minorias, o paÃs corre o risco de ser por elas sufocado em atos de flagrante e consentida desobediência civil. Grupos organizados, na maioria das vezes ideologicamente, aproveitam a fraqueza do Estado para promover a desordem e a instabilidade. Se quisessem apenas manifestar seu inconformismo ou lutar por mudanças, todos eles têm canais para fazer sua mensagem chegar aos destinatários sem a necessidade de tumultuar a vida de terceiros e trazer traumas à economia nacional, que já enfrenta tantas dificuldades.
         As categorias do funcionalismo público que participam de greves prolongadas não conseguem fazer mais do que provar sua inutilidade para a sociedade. O povo chega a esquecer das greves, só se lembrando de sua existência quando seus lÃderes decidem encerrá-las. E o pior é que na maioria das vezes o grevismo ainda é premiado com o pagamento dos dias parados, determinado pela justiça.
         Infelizmente, ainda estamos longe do dia em que os direitos do cidadão comum serão respeitados. Os ditos movimentos sociais, categorias profissionais e assemelhados prestariam um grande serviços à nação se atuassem estritamente em suas finalidades, sem radicalizar nem extrapolar. Quando o fazem, é crime e, como tal, os responsáveis têm de ser punidos. Ou então, caminharemos, cada dia mais, para o chamado beco sem saÃda…
 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) aspomilpm@terra.com.br                                                  Â