
Documento do órgão norte-americano indicou safra global de 427,6 milhões de toneladas em 2025/26

O mercado brasileiro de soja apresentou preços fracos nesta sexta-feira (11), de estáveis a mais baixos.
Segundo o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira, o mercado teve poucos negócios. “Os preços melhores vieram antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado às 13 horas desta sexta-feira. Depois, o mercado travou nas negociações”, ressaltou.
Silveira observa que os produtores seguem “de lado” na soja, com ofertas no interior mantendo pressão sobre as margens das indústrias.
Preços médios da soja
- Passo Fundo (RS): se manteve em R$ 130
- Santa Rosa (RS): permaneceu em R$ 131
- Porto de Rio Grande: de R$ 137 para R$ 136,50
- Cascavel (PR): recuou de R$ 131 para R$ 130
- Porto de Paranaguá (PR): caiu de R$ 136 para R$ 135
- Rondonópolis (MT): cedeu de R$ 119 para R$ 118
- Dourados (MS): caiu de R$ 121 para R$ 120
- Rio Verde (GO): seguiu em R$ 120
Bolsa em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos, acentuando as perdas da semana.
Segundo Silveira, ao indicar estoques dos Estados Unidos acima do esperado, o USDA adicionou pressão a um cenário já bem baixista, que combina clima favorável nos Estados Unidos, expectativas positivas para a próxima safra do Brasil e preocupações com a política tarifária de Donal Trump. Na semana, a oleaginosa recuou 4%.
Relatório USDA
O relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,335 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 117,98 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52,5 bushels por acre.
No relatório anterior, os números era de 4,340 bilhões (118,11 milhões) e 52,5 bushels, respectivamente. O mercado esperava uma produção de 4,331 bilhões ou 117,87 milhões.
Os estoques finais estão projetados em 310 milhões de bushels ou 8,44 milhões de toneladas, contra 295 milhões do relatório anterior – 8,03 milhões. O mercado apostava em carryover de 304 milhões de bushels ou 8,27 milhões de toneladas.







