
Suspeita usava discurso falso para convencer idosos a entregar documentos e aplicar golpes com contas e empréstimos em nome das vítimas.
Uma mulher de 47 anos foi presa em , a 420 km de Cuiabá, suspeita de aplicar uma série de golpes financeiros contra idosos, usando uma falsa identidade profissional para enganar as vítimas.
Segundo a Polícia Civil, a suspeita se apresentava como advogada previdenciária e prometia ajudar aposentados a recuperar valores perdidos ou aumentar o benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

De acordo com as investigações, com esse discurso a suspeita conseguia convencer os idosos a fornecer documentos pessoais e participar de videochamadas que simulavam atendimentos oficiais.
Na prática, a mulher usava os dados obtidos para abrir contas bancárias em nome das vítimas, especialmente em bancos digitais, e solicitar empréstimos e cartões de crédito. Os produtos financeiros eram enviados para o endereço da suspeita, que fazia uso direto dos valores.
Em um dos casos, um idoso de 67 anos teve mais de R$ 15 mil gastos sem autorização. Outra vítima, de 57 anos, teve empréstimos que somam mais de R$ 50 mil contratados em seu nome.
Durante o cumprimento de mandado de busca, foram apreendidos mais de 20 cartões bancários, documentos de identidade de terceiros, máquinas de cartão, e até uma encomenda comprada com o cartão de uma das vítimas — uma boneca que seria entregue à neta da suspeita.
A investigação também identificou que a mulher orientava as vítimas, por mensagens de áudio, a “tomar cuidado com golpistas”, numa tentativa de reforçar sua credibilidade.
Ao ser interrogada, a suspeita afirmou que parte dos bens encontrados na casa dela, incluindo um veículo registrado em seu nome, teriam sido adquiridos com lucros obtidos em jogos online — uma justificativa que ainda será analisada pelas autoridades.
O caso segue em apuração para identificar outros possíveis envolvidos e mais vítimas.
A orienta que aposentados e seus familiares fiquem atentos a promessas de revisão de benefícios feitas fora dos canais oficiais e, em caso de dúvida, busquem diretamente o INSS ou uma delegacia.







