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Com déficit de 152 servidores, Hospital Regional de Colíder pode ficar inoperante

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  • Lázaro Thor

O Hospital Regional de Colíder, unidade referência em média complexidade para a macrorregião norte de Mato Grosso, enfrenta um grave déficit de profissionais que ameaça a continuidade dos serviços.

Segundo documentos internos da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), obtidos pela reportagem do PNB Online, a unidade necessita urgentemente de 152 servidores, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, fisioterapeutas e outros perfis assistenciais e administrativos.

A situação é tão crítica que a direção do hospital alerta para o risco de colapso na prestação de serviços, caso não haja uma reposição imediata de pessoal.

O problema foi formalizado em ofício encaminhado à Secretaria Adjunta de Gestão Hospitalar, solicitando a abertura de um processo seletivo emergencial.

O documento destaca que, o processo seletivo realizado anteriormente vencerá em agosto e que o hospital não tem mais pessoal o suficiente para continuar funcionando.

Profissionais estão sendo sobrecarregados com horas extras e banco de horas excedente, enquanto setores como urgência, emergência e centro cirúrgico operam com equipes reduzidas. O hospital também está em desconformidade com os parâmetros de segurança técnica exigidos pelos conselhos de classe, o que pode comprometer a qualidade do atendimento.

O déficit no Hospital Regional de Colíder reflete um problema maior na saúde pública do estado. Dados da SES-MT apontam que a Secretaria Municipal de Saúde enfrenta atualmente um déficit de aproximadamente 7 mil servidores, afetando desde unidades básicas até hospitais de referência. Enquanto isso, a população da região, estimada em 68,5 mil habitantes, depende cada vez mais de serviços já sobrecarregados.

“Tendo em vista que não dispomos de recursos humanos suficientes para a execução dos serviços
que são imprescindíveis para o desempenho das atividades e serviços, sobrecarregados, impactando no atraso dos processos internos e principalmente no atendimento prestado aos usuários da Unidade, levando-se em consideração o DÉFICIT de 152 (cento e cinquenta e dois) profissionais no âmbito da unidade além de alguns perfis encontrarem-se em vacância já a algum tempo”, diz trecho do documento enviado à SES em junho deste ano.