
Cinco animais silvestres resgatados em diferentes pontos de Mato Grosso ganharam um destino definitivo no Santuário Onça Pintada, em Minas Gerais, após percorrerem cerca de 1.700 quilômetros sob acompanhamento de especialistas.

O traslado foi realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), em parceria com a Companhia de Força Tática de Polícia Rodoviária (CFRP), e contou com monitoramento constante de uma médica veterinária e de uma bióloga.
Foram destinados ao criadouro conservacionista duas antas (um casal batizado de Pitica e Waldinho), duas maritacas-da-cabeça-azul e um macaco-da-noite. Os animais, que passaram por tratamentos de saúde e reabilitação, não possuem condições de reinserção na natureza e, por isso, receberam a destinação definitiva.
A história de Pitica começou às margens da BR-163, próximo a Sinop, quando ainda filhote perdeu a mãe em um atropelamento. Resgatada, foi internada em uma clínica veterinária de Sorriso por 18 dias.
Já Waldinho foi encontrado em Nortelândia, com menos de um mês de vida, e precisou de atendimento intensivo no Hospital Veterinário da UFMT, em Cuiabá. Ambos foram transferidos para uma Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas), em Jangada, até se recuperarem e estarem aptos a seguir para o santuário.
As duas maritacas, entregues voluntariamente no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Lucas do Rio Verde, apresentavam dificuldades para voar. Após tratamento, também passaram um período na Asas antes da viagem definitiva.

O macaco-da-noite teve a trajetória mais delicada. Resgatado na região do Coxipó, em Cuiabá, ele perdeu toda a família em um acidente de eletrocussão. Levado em estado grave à clínica Megalos, sobreviveu após 18 dias de internação. Recuperado, também seguiu para Minas Gerais.
Durante o trajeto, a médica veterinária Danny Moraes e a bióloga Rebeca Marcos acompanharam cada animal, monitorando o bem-estar e garantindo que não houvesse intercorrências.
Segundo Moraes, a escolha do Santuário Onça Pintada se deve à infraestrutura e ao reconhecimento da instituição no cuidado de espécies que não podem ser reintroduzidas no ambiente natural.
Com a transferência, os cinco animais terão agora acesso a cuidados permanentes em um espaço adaptado às suas necessidades, contribuindo para ações de conservação e garantindo que histórias de sobrevivência como as de Pitica, Waldinho e do pequeno macaco-da-noite tenham um novo capítulo de esperança.







