
O procedimento cirúrgico está previsto para o dia 25, e não há, até o momento, previsão de alta. Após a recuperação médica, Bolsonaro deverá retornar imediatamente ao sistema de custódia da Polícia Federal.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixará temporariamente a custódia da Polícia Federal nesta quarta-feira (24) para ser internado em um hospital particular de Brasília, onde passará por uma cirurgia para correção de duas hérnias inguinais. Ele está preso desde 22 de novembro, na Superintendência da PF, e esta será a primeira saída da unidade desde o início da detenção.
A transferência ocorrerá sob escolta integral da corporação, responsável tanto pelo transporte quanto pela segurança durante toda a internação. Bolsonaro será levado diretamente para as dependências internas do Hospital DF Star, com acesso restrito, e permanecerá sob vigilância contínua, inclusive com policiais posicionados na porta do quarto e equipes de prontidão dentro e fora da unidade de saúde.

O procedimento cirúrgico está previsto para o dia 25, e não há, até o momento, previsão de alta. Após a recuperação médica, Bolsonaro deverá retornar imediatamente ao sistema de custódia da Polícia Federal.
A autorização para a internação e para a cirurgia foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator dos processos que apuram a tentativa de ruptura institucional associada ao ex-presidente. A decisão foi tomada após manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República e análise de laudos médicos e periciais.
Os exames que embasaram o pedido foram realizados no início de dezembro e identificaram a presença de duas hérnias inguinais. A defesa solicitou autorização judicial para o procedimento logo após a recomendação médica. Moraes, então, determinou que a Polícia Federal realizasse perícia própria, o que confirmou a necessidade da intervenção em caráter eletivo, ou seja, sem urgência imediata, mas indicada como tratamento definitivo.
Na decisão, o ministro estabeleceu uma série de condições para a saída temporária e a internação. Entre elas estão a obrigatoriedade de comunicação prévia entre a PF e a direção do hospital, a realização do desembarque em local reservado, a manutenção de vigilância ininterrupta, a proibição de ingresso de aparelhos eletrônicos no quarto, exceto equipamentos médicos, e a limitação de visitas, que dependerão de autorização judicial.
Apenas a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, foi autorizada a permanecer como acompanhante durante todo o período de internação, desde que respeitadas as normas do hospital.
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