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Redação/Gcom-MT
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            Uma reunião para discutir assuntos de segurança pública, questões ambientais e impactos sociais em Pontes e Lacerda foi realizada na sexta-feira (23.10), no Palácio Paiaguás, com a participação do governador Pedro Taques, o secretário Executivo de Segurança Pública,  Fábio Galindo, prefeito Donizete Nascimento, representantes das Policias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil e membros do Ministério Público, Tribunal de Justiça e da Defensoria Pública.Â
         Durante o encontro, o governador colocou o Estado à disposição e determinou que as secretarias de Segurança Pública, Assistência Social e Meio Ambiente atuem de forma integrada e articulada para resolver os impactos sociais e ambientais que serão causados pela pós desocupação, em prol do bem estar e da segurança da população de Pontes e Lacerda. Taques destacou que já entrou em contato com o Ministro da Justiça e garantiu apoio do Estado junto à s Forças Nacionais.Â
          Fábio Galindo, explica que é preciso regularizar a situação em Pontes e Lacerda, fazer uma desocupação ordenada e manutenção de posse, para que a extração de ouro naquela região se dê dentro da legalidade, com autorizações ambientais e dos órgãos competentes e com a proteção do estado democrático de direito. O secretário também falou sobre a ordem judicial de desocupação imediata, emitido pelo JuÃzo Federal. “Foi determinado que as forças federais fizessem cumprimento e o governo do Estado de Mato Grosso vai dar todo suporte necessário para que a execução da ordem aconteça preservando a segurança pública, o meio ambiente e o cidadão mato-grossenseâ€.Â
          A preocupação com o fechamento do garimpo são os impactos sociais causados na estrutura da cidade, declara o prefeito Donizete Nascimento. “Nossa preocupação maior é quando acontecer de fato a desocupação. O nosso objetivo é dar o apoio necessário as pessoas que estiverem saindo do garimpo, por isso precisamos desse apoio do Estado, que o governo nos ofereceu tanto na parte de segurança, como ambiental e social. É importante que esta desocupação seja tranquila, realizada com diálogoâ€.Â
           Todo e qualquer ouro extraÃdo em Pontes e Lacerda é ilegal e será apreendido e levado para PolÃcia Federal ou Judiciária Civil, explica o inspetor da PolÃcia Rodoviária Federal , Kellen Arthur Preza Nogueira. O inspetor diz que a PRF está fiscalizando carros e ônibus ao longo das rodovias federais que dão acesso à Pontes e Lacerda e que, esporadicamente, poderá atuar junto com a PolÃcia Federal nas rodovias estaduais nas proximidades da região da serra. “É um trabalho integrado. Precisamos que todas as forças se juntem nesse momentoâ€.Â
         Mesmo sendo uma questão da União, por se tratar de exploração do subsolo, o comandante regional da PM, coronel Alberto de Barros Neves, destacou que a instituição estará dando todo o apoio aos trabalhos coordenados pela PolÃcia Federal, atuando dentro das condições estruturais e de competência legal da PM. “Temos uma preocupação com o que vai acontecer com Pontes e Lacerda quando fechar o garimpo, o que estas pessoas vão fazer, para onde irão. As questões do garimpo são de responsabilidade federal, mas a segurança e os impactos sociais causados em Pontes e Lacerda é de nossa responsabilidadeâ€.Â
         A PolÃcia Civil também estará dará suporte na desocupação, garantiu o delegado regional da PolÃcia Civil, Vitor Chab Domingues. Ele destacou o trabalho de inteligência da PolÃcia Federal de controle nas duas saÃdas do garimpo, que está fazendo com que o fluxo de pessoas diminua, de forma que quem está saindo é impedido de voltar e outras pessoas estão sendo inibidas a ir para o local. Segundo o delegado, a expectativa é que com o aumento do reforço policial nos outros dois portais de entrada, a área será toda desocupada.Â
O juiz da Comarca de Pontes e Lacerda, Leonisio Salles de Abreu, considerou satisfatória a reunião, que foi marcada pelo Poder Judiciário para que as autoridades pudessem discutir a pós ocupação, principalmente nas áreas de segurança, ambiental e social. “A reunião foi proveitosa porque reestabeleceu as questões de comunicação que estavam faltando entre as autoridades envolvidas. Nossa preocupação pós desocupação aumenta pelo fato de Pontes e Lacerda ser uma região de fronteira. Temos que fazer com que a desocupação seja a mais tranquila possÃvelâ€.
Uma segunda reunião, também nesta sexta-feira, foi realizada para discutir de forma estratégica sobre como cada um dos órgãos atuará, aliando as ações de cada parceiro, definindo as responsabilidades e desempenho de cada um.Â