Aeronave transportava 217 passageiros e 7 tripulantes.Â
Airbus da companhia russa KogalymAvia sumiu 23 minutos após decolar.
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Um avião da companhia áerea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, caiu na madrugada deste sábado (31) na penÃnsula do Sinai e deixou 224 mortos, segundo o governo egÃpcio. O voo saiu de uma cidade no litoral do Egito e seguia para São Petersburgo, na Rússia. Cerca de 150 corpos foram encontrados em um raio de 5km.
O Airbus A-321 transportava 217 passageiros, entre eles 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças, além de 7 tripulantes. Segundo a Reuters, 214 eram russos e três ucranianos. “Agora vejo uma cena trágica. Muitos mortos no chão e outros tantos ainda presos em suas poltronas”, relatou uma autoridade egÃpcia. Segundo ele, o avião se dividiu em duas partes.
Uma primeira análise do local do acidente indicou que a queda pode ter sido causada por um falha técnica. Segundo as agências de notÃcias internacionais, a caixa preta foi encontrada.
           O primeiro-ministro egÃpcio, Ismail Sharif, confirmou o acidente por meio de comunicado. O avião perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka, informou um porta-voz de Rosaviatsia, a agência de aviação civil da Rússia. O contato foi perdido quando a aeronave estava a 30.000 pés de altitude (9.144 m).
         O avião caiu em uma área montanhosa no centro de Sinai e más condições atmosféricas  dificultaram o acesso das equipes de resgate ao local, de acordo com a autoridade da segurança egÃpcia que havia acabado de chegar ao local contou à Reuters. Cerca de 50 ambulâncias foram enviadas para o local. Os corpos dos passageiros serão levados de avião para o Cairo, segundo a fonte.
          Amostras de DNA serão coletadas dos parentes dos passageiros que estavam a bordo do avião, conforme informou o comitê de polÃticas sociais da Rússia.
       Parentes dos passageiros estão se reunindo no balcão de informações da Kogalymavia no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, com a esperança de encontrar mais informações. O voo 9268 transportava muitos turistas do resort egÃpcio de Sharm el-Sheikh.
Equipes de resgate russas no Egito
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas “profundas condolências” à s famÃlias das vÃtimas e ordenou o envio de equipes de emergência russas para o local da queda. Putin decretou luto nacional no domingo (1º).
O premiê russo Dmitry Medvedev disse, em mensagem publicada no Twitter, que está profundamente chocado pela queda do avião. “A tragédia será exaustivamente investigada, e as famÃlias receberão apoio.”
Segundo a agência de notÃcias russa, o ministro da Defesa da Rússia convocou uma reunião de ermergência para discutir a queda do avião. No total, cinco aviões com especialistas em várias áreas estão a caminho do Egito.
         Parentes chegam ao aeroporto de São Petesburgo, na Rússia, em busca de informações sobre a queda do avião (Foto: AP Photo/Dmitry Lovetsk)
O Comitê de Investigação da Rússia lançou um processo criminal contra a companhia aérea Kogalymavia. A agência de notÃcias RIA informou que o caso será investigado pelo artigo de “violação das regras de voos e preparações”.
A Airbus, fabricante do A-321, informou que dará mais informações assim que tiver mais detalhes sobre o acidente. Veja a Ãntegra do comunicado da empresa:
A aeronave envolvida no acidente, registado sob o número de série EI-ETJ 663, foi produzido em 1997 e desde 2012 operado pela Metrojet. A aeronave tinha acumuladas cerca de 56.000 horas de voo em cerca de 21.000 vôos. Ele foi equipado com motores IAE V2500.
Em conformidade a lei, um grupo de técnicos da Airbus foi destacada para fornecer as informações às autoridades encarregadas da investigação.
O A321-200 é o maior membro da famÃlia A320, com capacidade para 240 passageiros. O primeiro A321 entrou em serviço em janeiro de 1994. Até o final de setembro de 2015, cerca de 6.500 aeronaves da famÃlia A320 estavam em serviço com mais de 300 operadoras. Até à data, toda a frota já acumulou cerca de 168 milhões de horas voadas em 92,5 milhões de voos.
A Airbus dará mais informações disponÃveis assim que os detalhes forem confirmados e liberados pelas autoridades para a divulgação.
Último acidente aéreo no Egito
O último acidente aéreo no Egito foi em janeiro de 2004 e fez 148 mortos, incluindo 134 turistas franceses. Um Boeing 737 da empresa egÃpcia Flash Airlines caiu no Mar Vermelho, poucos minutos depois de decolar do aeroporto de Sharm el-Sheikh.
Desde o inÃcio em 2011 da revolta que derrubou Hosni Mubarak do poder, o turismo está fraco e as autoridades tentam relançar de todas as maneiras esse setor vital da economia egÃpcia.
Apesar da instabilidade polÃtica do paÃs e os atentados jihadistas contra as forças de segurança no norte do Sinai, os resorts do Mar Vermelho, no sul da penÃnsula, continuam sendo um dos principais destinos turÃsticos do paÃs e muito frequentados por turistas russos e do leste europeu, que chegam diariamente a bordo de vários voos fretados.