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Hidrelétrica está localiza na divisa dos estados de Mato Grosso e Pará.
Com investimento de R$ 3,9 bilhões, obra na região começou em 2011.
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Débora CruzDo G1, em BrasÃlia
Hdrelétrica Teles Pires fica no Rio Teles Pires, na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará. (Foto: Usina Hidrelétrica Teles Pires/Divulgação)
           O Ministério de Minas e Energia anunciou na sexta-feira (6) que a Usina Hidrelétrica Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará, está pronta para começar a operar comercialmente. O inÃcio depende de uma autorização formal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deve ser emitida nos próximos dias.
Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, havia informado que a operação comercial teria inÃcio neste sábado (7). “A partir de amanhã entra em comercialização a primeira máquinaâ€, disse Braga, ao deixar o ministério, se referindo a uma das cinco turbinas da usina.
Os detalhes do anúncio foram apresentados pelo secretário-executivo da pasta, Luiz Eduardo Barata, e pelo diretor de Operações do Operador Nacional do Sistema (ONS), Ronaldo Schuck, em entrevista coletiva, em BrasÃlia.
Conforme Barata, esta primeira turbina tem capacidade para gerar 364 MW (megawatts). Quando as cinco estiverem em funcionamento – o que deve ocorrer até o final deste ano –, a potência instalada será de 1.820 MW, o suficiente para abastecer uma população de 5 milhões de habitantes. A capacidade de geração é superior, por exemplo, à demanda por energia de todo o estado de Mato Grosso.
Com investimento de R$ 3,9 bilhões, a hidrelétrica começou a ser construÃda em 2011. A operação ficará a cargo de um consórcio formado pelas empresas Neoenergia, Eletrobras Eletrosul, Eletrobras Furnas e Odebrecht Energia.
Uso de térmicas
O secretário-executivo afirmou que a entrada em operação da usina não deverá fazer com que o governo reduza o número de térmicas em funcionamento no paÃs. “Seguramente ela aumenta a nossa capacidade de estocagem de energia, mas uma máquina isolada, provavelmente, não será determinante para nós reduzirmos a nossa geração de térmicaâ€, explicou.
O uso intenso de usinas térmicas está entre os motivos da alta nas contas de luz em 2015. Essas usinas são movidas a combustÃveis como óleo e gás e, por isso, a energia produzida por elas é mais cara. Por conta da escassez de chuvas, que prejudicou o armazenamento nas represas das principais hidrelétricas do paÃs, o governo vinha mantendo ligadas todas as térmicas disponÃveis, desde o final de 2012. Parte delas – as de maior custo – só foi desligada em agosto deste ano.
Prorrogação de contratos
Questionado sobre a renovação das concessões das distribuidoras de energia cujos contratos vencem entre 2015 e 2017, o secretário-executivo disse que o Ministério de Minas e Energia espera concluir o processo até o final deste ano.
A prorrogação sem licitação, por até 30 anos, foi autorizada em junho em decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff. As regras para a renovação foram aprovadas pela Aneel em outubro, após ajustes apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Segundo Barata, o ministério irá convocar as distribuidoras durante o mês de novembro. Como elas têm 30 dias para oficializar a renovação, o processo deve ser concluÃdo até o final deste ano. A medida abrange a renovação dos contratos de 39 distribuidoras de energia.