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Dia da Consciência Negra

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Data é celebrada busca conscientizar as pessoas sobre o preconceito e racismo presente em nosso país.

      DIA DA CONCIENCIA NEGRA               No dia 20 de novembro, é comemorado no Brasil o Dia da Consciência Negra. Não só no dia 20, mas durante todo o mês de novembro, atos políticos relembram a ancestralidade negra. A data foi escolhida por ser o dia da morte de Zumbi dos Palmares, conhecido líder e escravo, que fundou um quilombo, a fim de criar resistência contra a escravidão de seu povo. O feriado foi oficialmente instituído no país pela lei nº 12.519/2011.

                   Mesmo depois de séculos do fim da escravidão, o Dia da Consciência Negra é necessário, pois embora o Brasil seja um país miscigenado, o preconceito ainda continua enraizado na mente não só dos brancos, mas também dos negros. Piadinhas de mau gosto, insultos e reações à presença de negros em locais antes só frequentados por brancos, revela a pior face o racismo brasileiro, que é velado e mantém sua existência sob o pretexto de não existir.

                    Alguns criticam a existência de um feriado somente para comemorar a consciência negra, pois tem a opinião de que quanto mais se falar do racismo, mais ele permanecerá em nosso meio. Esquecem-se estes, que nossos piores problemas não devem ser esquecidos e o racismo com certeza está no grupo dos piores problemas brasileiros.

              A imagem de “paraíso multirracial”, local onde as mais diferentes etnias convivem em perfeita harmonia, construída ao longo de anos de esquecimento e ignorância, aos poucos vem sendo esquecida e colaboram para isto depoimentos de estrangeiros negros, que passam constrangimentos em nosso país. Os relatos foram tantos que um documentário intitulado “Open Arms, Closed Doors” foi produzido, reunindo a opinião de imigrantes das mais diferentes partes do mundo sobre o racismo no Brasil. Todos são enfáticos: O Brasil é o país mais racista do mundo.

              E ao contrário do que alguns ainda possam insistir, o preconceito no Brasil não está relacionado à classe social da vítima. A prova disso são as constantes ofensas sofridas por jogadores de futebol e a mais recente e famosa injúria sofrida pela atriz Thaís Araújo.

              Em um país que se orgulha de sua cultura miscigenada, o racismo definitivamente não deveria mais existir. Mas graças à uma cultura de esquecimento, deixamos para trás, mais de um século de indiferença e preconceito racial.

               O dia 20 de novembro é um marco histórico, que deve ser preservado. Parar uma vez ao ano e refletir no que ainda deve ser feito para combater o preconceito e conscientizar as futuras gerações, além de lembrar dos acontecimentos passados, somente nos fortalecerá como nação. Quem sabe daqui a alguns anos, as investidas em educação deem resultado e o Brasil possa finalmente ter verdadeiramente o título “ paraíso multirracial” de que tanto se orgulha.