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Dayanne Santana | Sedec-MTÂ
Perdas de produtividade já são constatadas em algumas localidades

Um grupo de trabalho foi formado para levantar informações e dados sobre as conseqüências da estiagem na produção da safra 2015/2016 de soja. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (16.12) durante reunião convocada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e o setor produtivo. O Governo do Estado quer acompanhar de perto a situação, pois o agronegócio é a base da economia de Mato Grosso.
A primeira reunião do GT será nesta quinta-feira (17). O grupo composto pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Superintendência Federal de Agricultura (SFA-MT/Mapa), Aprosoja, Ampa, Famato, Imea eIMAmt, irá realizar um levantamento da atual situação, pois as perdas de produtividade já foram constatadas em algumas regiões do Estado.
O grupo vai estudar os impactos econômicos e agronômicos causados pela falta de chuva em volume suficiente para que ocorra o desenvolvimento da planta. O secretário-adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon, ressaltou o posicionamento do Governo do Estado como parceiro na busca de alternativas para mitigar os impactos.
O governo está acompanhando a evolução do quadro, uma vez que o agronegócio, liderado pela produção da oleaginosa, representa 51% do PIB de Mato Grosso. “Temos que acompanhar de perto e criamos o grupo de trabalho para identificarmos quais os municÃpios mais atingidos, para avaliarmos as perdas e traçarmos estratégias para tentar mitigar os efeitos na economia do Estadoâ€, disse Possebon.
O baixo potencial de rendimento de grãos implica não só em perdas para o produtor rural, como também para toda a cadeia da soja, fornecedores de insumos, revendas e a economia local. Na última estimativa o Imea divulgou uma queda na produção de 1 milhão de toneladas, passando de 29 milhões/t para 28 milhões/t, o que representa menos R$ 1 bilhão no valor bruto da produção.
O presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, ressaltou que a entidade já havia alertado os produtores rurais quanto à s mudanças climáticas causadas pelo fenômeno El Niño, que neste ano, seriam mais intensas. “Tivemos um inÃcio de plantio complicado, um atraso que culminou em irregularidade e replantio acima de 3%. Essa reunião deve nos direcionar para ações futuras caso não venha chover nos próximos diasâ€.
Para a cultura da soja apresentar um bom desempenho é necessário um volume de água adequado, uma boa distribuição das chuvas ao longo do ciclo. A disponibilidade hÃdrica baixa durante o crescimento da planta é, ainda, a principal limitação para o potencial de rendimento da cultura e a maior causa de variabilidade dos rendimentos dos grãos.