quinta-feira, 21/11/2024
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Viva o Enem, uma avaliação que rompe fronteiras

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imagem reprodução web

 

(*) Fabricio Vieira de Moraes

                O Exame Nacional do Ensino Médio tem como princípio buscar indicadores da aprendizagem dos estudantes brasileiros, em todas as regiões do país. Para o aluno, o resultado individual no exame pode servir para ele fazer uma autoavaliação, a partir da comparação do seu desempenho com o de outros alunos. Assim, terá uma noção de como está preparado para enfrentar os desafios futuros.

                        Se eu fosse atribuir uma nota de 0 a 10 para a importância do ENEM nos dias atuais, eu daria 10. Para o aluno que deseja continuar os estudos no nível superior, o desempenho no exame poderá ser utilizado para o ingresso nas Instituições de Ensino Superior que aderiram ao ENEM no processo seletivo, pelo SISU, ou para garantir descontos de até 100% na mensalidade nas universidades privadas por meio do ProUni. Mesmo nos casos em que a universidade escolhida utilize a nota do Enem de forma parcial, é fundamental o aluno ter um bom resultado, pois contribuirá para a nota final do vestibular.

                 O Enem é uma avaliação que rompe fronteiras! Com ele, podemos observar o quanto é aumentado o leque de possibilidades dos estudantes. Se antes o jovem não conseguia entrar em uma instituição localizada em um bairro vizinho e precisava estudar mais um ano para poder tentar novamente concorrer às vagas, agora as chances se multiplicam por todo o país. Isso significa que os estudantes de todos os estados podem concorrer a todas as vagas – sem precisar fazer longas viagens pelo País em maratonas de vestibular, apenas utilizando o computador para se candidatar –, então não necessariamente a entrada será mais fácil, mas você terá mais opções.

                         De acordo com o MEC, em 2013 o Sisu selecionou estudantes de todo o país para 129 mil vagas oferecidas em 101 instituições de ensino superior, sendo 43 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Segundo esses dados, 13% dos calouros que entraram na faculdade pelo Sisu e se matricularam até maio daquele ano tiveram que sair do seu estado para fazer seu curso.

                  Isso significa que mais de 15 mil universitários estiveram de mudança, sendo Minas Gerais o destino mais procurado! Depois dele veio Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já o estado que mais “exporta” alunos é São Paulo. Em alguns casos, a distância percorrida é grande, atravessando o país, como estudantes gaúchos que se mudam para o Amazonas, paraenses que vão para São Paulo e paulistas que migram para o Alagoas.

                   Esse levantamento ainda mostra que em três estados brasileiros o número de candidatos que usaram o Sisu para sair de casa é maior que a quantidade de universitários que permaneceram em seu estado de origem. No caso dos estudantes de Rondônia, por exemplo, 94% deles vão se mudar para estudar. Já no Distrito Federal, esse percentual é de 83%, enquanto que em Sergipe foi de 63%.

Além de aumentar as chances de acesso ao ensino superior, outra grande vantagem dessa mistura regional é o enriquecimento cultural do ambiente estudantil, que acaba se tornando um diferencial na formação acadêmica. A troca de informações e vivências entre alunos e professores promove um rico aprendizado sobre linguagens e hábitos e o convívio com o diferente. E todos só têm a ganhar com isso!

(*) Fabricio Vieira de Moraes é Gerente de Serviços Educacionais da Saraiva

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