Início CIDADANIA Emissão de vistos a haitianos no Brasil subiu 1.537% de 2012 a...

Emissão de vistos a haitianos no Brasil subiu 1.537% de 2012 a 2015

140
0
Google search engine

              O Acre tem deixado de ser a principal rota para entrada de imigrantes haitianos no país desde que o Brasil ampliou a emissão de vistos pelas embaixadas em Porto Príncipe (Haiti), Quito (Equador) e Lima (Peru). Em 2015, houve uma queda de 96% no número de haitianos ilegais que chegaram ao Brasil pelo estado.

             Enquanto em janeiro houve o registro de 1.393 imigrantes, em dezembro esse número despencou para 54, segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre (Sejudh).

            Dados da Divisão de Imigração do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) apontam que a emissão de vistos a haitianos subiu 1.537% de 2012 a 2015. Isso mostra que os imigrantes têm entrado no país regularizados por capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, em vez de fazer a longa e cara viagem para entrar ilegalmente pelo Acre.

Vistos
Nos últimos quatro anos, foram emitidos 38.065 vistos permanentes para haitianos pelas embaixadas do Brasil – 30.385 em Porto Príncipe, 7.655 em Quito, e 25 em Lima, segundo o Itamaraty. Enquanto em 2012 foram emitidos 1.255 vistos, em 2015 o número saltou para 20.548.

No abrigo montado em Rio Branco, o cenário é muito diferente do registrado anos anteriores, quando o estado recebia até 100 haitianos diariamente. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão, atualmente, o abrigo tem recebido no máximo duas pessoas por dia. “Chegamos a receber 100 por dia. Por isso, quando as viagens [dos imigrantes para outros estados] não ocorriam, chegamos a um número de 2,2 mil pessoas em Brasileia e 1,5 mil em Rio Branco”, afirma.

 Até a noite desta terça-feira (5), de acordo com o secretário, estavam no abrigo apenas dez imigrantes – entre haitianos, dominicanos e senegaleses.Desde 2010, quando passou a ser rota de imigração, o Acre recebeu mais de 43 mil pessoas, conforme a secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos.

“O Acre se tornou uma rota vegetativa, mas nada disso garante que vai continuar assim por mais tempo. Numa frequência de cinco meses tem se mantido assim, mas não temos garantias. Estamos na fase de observação. Agora, eles estão vindo [ao Brasil] pela rota legal, desembarcando em São Paulo e Rio de Janeiro”, explica Mourão.

G1